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terça-feira, 13 de novembro de 2018

ROHINGYAS E AUNG SAN SUU KVI


Kumi Naidoo  ativista da organização de defesa dos direitos humanos e diretor do Greenpeace retirou o título de Embaixadora da Consciência à singela lutadora pelo povo de Mianmar: Aung San Suu Kyi.
Aung San Suu Kvi, empenhou grande parte da sua vida adulta à causa da instauração da democracia no seu país, combatendo a ditadura militar que lá esteve instalada.
A democracia é a vontade da maioria! Não é a vontade de uma ou mais minorias: convém esclarecer bem isto porque atualmente fala-se em democracia como se o ponto de vista da vontade de minorias tivesse de ser aceite pela maioria. As minorias têm direito de manifestar o seu querer mas não de impor.
Alguns na Catalunha, província de Espanha, quiseram a independência mas só conseguiram ficar mal vistos pela CE que por sinal até dá muito poder às minorias.
Quando as minorias se impõem temos as ditaduras.
Mas se uma minoria quer ser independente porque ocupa maioritariamente uma fração de um país, continua a ser uma minoria.
A minoria rohingya que até é islâmica quis a independência de Mianmar.
O Governo de Mianmar nem sequer reconhece esta minoria como pertencente à sua população, não tendo os mesmos direitos da população do país, considera-os imigrantes com origem alheia, nomeadamente do Bangladesh. Esta é uma prática usada por muitos países que deixam entrar imigrantes mas que não lhes dão pleno direito como cidadãos e isto só não acontece em países europeus da CE e pouco mais.
Tal como se viu na Sérvia, os imigrantes económicos albaneses ao tornarem-se maioria na província do Kosovo quiseram a independência da Sérvia.
Na Ucrânia o império soviético ao desmantelar-se deixou na Crimeia uma larga maioria de russos e quando houve eleições naquela província a Rússia teve a legitimidade da anexação.
A China já tem o Tibete com maioria de população chinesa para o caso de um dia haver eleições ganhar uma larga maioria de sins à continuidade da ligação à China.
Temos assim que os migrantes em quantidade e as anexações imperialistas acabarem a criar problemas independentistas ou de anexação aos países de origem que tiveram boa vontade ou a infelicidade de terem sido parte de um país conquistador.
A nossa querida Aung San Suu Kyi dedicou a vida ao seu país, um país que é budista nos costumes, mas que faz fronteira com o islâmico Bangladesh, não perdeu um casamento e o crescimento dos filhos para ver a sua causa dividida por causa de uma minoria que culturalmente nem condiz com o seu povo e que até terá uma origem alheia ao seu país.
Uma fação dos Rohinghya criou uma guerrilha contra as Forças Armadas e a polícia do Mianmar, estes responderam da maneira que sabem para manterem a integridade do país, a Presidente Aung Kvi calou-se e só por isso acharam várias instituições internacionais que ela não era digna dos títulos de lutadora por direitos humanos com que no passado foi agraciada.
Ela lutou pelo seu povo que é a quase totalidade existente no seu país e isso foi a causa da vida dela, a sua causa não teve nada a haver com a religião do país do lado e os interesses alheios à unidade do seu país.
A dignidade dela mantém-se pelo facto de estar calada, em vez de lhe tirarem os títulos deviam era ver qual a origem real do problema da guerrilha e se os interesses de quem o provocou não está por trás da tentativa da sua descredibilização.
PensaCM

sábado, 3 de novembro de 2018

GALP DESISTE DE EXPLORAR CRUDE EM PORTUGAL


Estamos num país em que a exploração do crude é contestada por algumas pessoas mas que conseguiram impedir que a única empresa portuguesa com refinarias em Portugal tenha de recorrer aos recursos de outros países para obter a sua matéria prima.
Há mais países que já desistiram de explorar os seus recursos petrolíferos próprios, sendo considerado um passo muito importante para a descarboxilação do planeta, ou seja,o abandono dos combustíveis fósseis como fonte energética principal da população humana.
Há países em que o Estado deixou de explorar as suas reservas petrolíferas mas os privados continuam a fazê-lo, no nosso caso, os espanhóis continuam a explorar gás natural offshore na costa portuguesa.
Por outro lado o consumo mundial de barris de crude por dia continua a subir, ainda há poucos anos andava nos 85 milhões de barris e já passa dos 100 milhões de barris por dia.
O barril são cerca de 158 litros, logo 100 milhões serão 15 800 000 000 de litros que se gastam todos os dias essencialmente em combustíveis, assim não se entende muito bem porque é que Portugal terá de importar por navio e não poderá ter acesso ao crude logo aqui no nosso território. Significa isto que vamos continuar a contribuir para a poluição da atmosfera de forma adicional ao custear navios que vêm de todo o mundo trazer-nos crude para as nossas refinarias.
No entanto não vemos ninguém a bloquear o livre trânsito dos portugueses pelo mundo fora quando vão de férias por exemplo de avião ou navio, os quais gastam combustíveis fosseis refinados em grandes quantidades.
É estranho vivermos num mundo com incoerências tão grandes.
Será que vamos também impedir a nossa exploração mineira para não contaminarmos os nossos recursos aquíferos ou a imigração para não contaminarmos a nossa cultura?

PensaCM