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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

DESTINOS QUENTINHOS PARA FÉRIAS


Os destinos mais escolhidos para férias são os mais quentinhos, com águas mornas e límpidas.
Quem viaja mais no mundo?
Quem tem mais poder de compra: os europeus, os norte americanos e os asiáticos japoneses e agora também os chineses.
Onde estão só destinos quentinhos e com praias de águas mornas e translúcidas?
A milhares de quilómetros das residências desses turistas, onde se pode ir de avião ou de cruzeiro.
Quem contesta mais o aumento da temperatura global?
Os mesmos turistas com bom poder de compra: cidadãos norte americanos, europeus, japoneses e alguns chineses quando conseguem.
Quais os reformados que vão viver para países mais quentes, menos industrializados e mais baratuchos?
Os mesmos que passaram a vida a fazer turismo de férias em países quentes e que mais contribuíram para degradar as zonas mais quentes e virgens da Terra.
Então porque é que as mesmas pessoas que gostam mais do clima quente e nunca se coibiram em poupar energia fóssil são os que contestam o uso de combustíveis fósseis e o aumento da temperatura global?
Não se percebe!

GRETA A CRIANÇA IRRITANTE


A Greta só pensa em protagonismo, vai de avião para todo o lado e tal como a geração mais nova gosta muito de por em causa as gerações anteriores, mas esquece-se que a geração mais nova viaja muito mais do que todas as gerações anteriores e andam em média em meios de transporte mais rápidos, logo mais consumidores de combustíveis fósseis. Consomem muito mais do que as outras gerações anteriores, querem sempre os últimos modelos da tecnologia disponível, o que contribui para o esgotamento mais rápido dos recursos.
É uma geração tecnológica mas basta haver uma desculpa para ir a um congresso ou algo do género, não perdem tempo a apanhar logo o primeiro avião, nem poem em causa a poluição agregada a essa atitude.
Quando é para ir de férias escolhem-se os destinos longínquos e os transportes mais rápidos (avião), mas quando é para acusar, apontam o dedo aos que fornecem o combustível que os leva para todo o lado e até se manifestam contra a extracção de crude do solo como se o jet dos aviões em que andam aparecesse nos depósitos por magia e não fosse destilado do crude.
Ainda há os que afirmam que os servidores informáticos gastam muita energia como se quisessem comparar o consumo de energia agregado a uma videoconferência com o consumo energético de dois voos de avião.
Este cinismo é comparável com o tráfico e consumo de droga: se não houver consumidores não há tráfico, escusam de acusar o traficante como sendo o único culpado.
Se não houver voos constantemente, cruzeiros todos os dias que são perfeitamente evitáveis e 90% do comércio mundial passar a ser local e não global, muitas refinarias fecharão e os consumos mundiais de combustíveis fósseis baixarão apreciavelmente até aos níveis desejados. Os empregos perdidos globalmente que dão dinheiro a alguns seriam compensados largamente pelos empregos gerados localmente.
Agora, se querem comércio global, imigração e turismo global, formação e conferências presenciais globais, não podem querer de um ano para o outro abaixamento significativo das emissões de CO2.
Essa conversa de não querer abdicar de nada e culpar os outros que até lhes fornecem a possibilidade de não abdicar é cinismo e nem deve ser levado a sério.
Deve-se levar a sério:
o comercio local, a alimentação com os produtos colhidos à pouco tempo e próprios da zona e da estação do ano a decorrer, o conhecimento adquirido pela consulta da internet, pelos mass media, pela leitura de revistas, jornais, artigos e livros e pelo conhecimento adquirido com quem já conhece o assunto em causa.
Deve-se levar a sério:
quem fala sobre assuntos de que percebe, quem se esforça para que aconteça, contribuindo para isso efetivamente de uma forma séria, quem não adquire bens de consumo só para ter e quem se sente bem onde está, quem não acusa os outros sem contribuir para a solução.
PensaCM

terça-feira, 24 de setembro de 2019

O CINISMO AMBIENTAL












Na cimeira do Ambiente de Nova York vimos todos aqueles dirigentes que se deslocaram de avião a partir dos seus países, andaram milhares de quilómetros e voltarão voando os mesmos milhares de quilómetros.
A menina sueca candidate ao prémio Nobel também foi lá para dizer umas frases raivosas em publico e entortar a boca enquanto as dizia e fazer todos os responsáveis pelas emissões da atividade humana sentirem remorsos por ela não estar na escolar do país dela.
A menina que é dada como um génio da consciência ambiental foi de avião como os outros, mas podia emitir as suas frases raivosas num ecran gigante por videoconferência com emissões desprezíveis comparada com os transportes usados e isso sim estava alinhada com a sua consciência ambiental e podia ter ido à escola na mesma.
O cinismo desta gente está em culpar os outros e continuar a viajar escusadamente de avião e navio numa era em que a videoconferência e a net tem múltiplas plataformas para o fazer.
Será que a menina vai negociar alguma taxa carbónica com alguém, precisava mesmo de estar lá?
O jet que os aviões ainda usam têm 35 000 ppm (partes por milhão) de enxofre que durante a queima nos reatores é convertido em dióxide de enxofre contribuindo para as chuvas ácidas.
A queima do jet nos reatores dos aviões também emite dióxido de carbono, que é o principal problema destas conferências ambientais, um avião gasta entre 3.2 e 6 litros por pessoa e por cada 100 Km voados, o que é muito, dado que leva muita gente e anda muitos quilómetros em cada viagem.
Alguns falam em taxar os combustíveis fósseis, mas esses devem andar alucinados com o que tomam, pois na Europa e em muitos outros países do mundo o Orçamento do Estado ancora-se às taxas, impostos e outras formas de cobranças feitas sobre os combustíveis, principalmente à gasolina e ao gasóleo. Estes adeptos da taxação esqueçem-se dos coletes amarelos em França e noutros países.
Agora nas notícias europeias falam do gasóleo designado-o gasóleo poluente, mas estão a falar de um combustível cujo consume é inferior ao da gasolina, tem a mesma concentração de enxofre que esta, logo polui menos que a dita e os escapes desses motores são obrigados a terem filtros de partículas.
Mas há quem afirme que a diferença são os NOX's, mas e a queima mais quente da gasolina não tem NOX's?
Andar de navio e avião, além da emissão do CO2 têm, como disse atrás, emissões de grandes quantidades de enxofre, o que não acontece nas emissões dos carros, pelo menos dos europeus.
Estamos a falar de combustíveis para navio e avião com 35 000 ppm de enxofre e para os veículos terrestres 10 ppm.
PensaCM

quinta-feira, 12 de setembro de 2019

PEGADA MILIONÁRIA


O milionário comum é aquele fulano que tem muito poder de compra.
O poder de compra jorra de um ou mais negócios ou trabalhos principescamente bem pagos ou então de uma fonte herdade de riqueza.
A vida de uma pessoa destas costuma andar à volta de muita viagem a combustíveis fósseis pelo mundo fora, degustações alimentares com exigências extremas que podem passar por mandar vir alimentos de milhares de quilómetros de distância num voo só para isso, usar roupas uma ou duas vezes na vida com características de conceção bastante poluentes, usar tecnologia de último grito extensivamente, daquela que usa metais raros, dar festas onde são disponibilizadas drogas ilegais para todos, contribuindo para o enriquecimento de um ou mais traficantes. Poder-se-iam ainda mencionar muitos mais hábitos comuns a este tipo de gente milionária que contribuem para o forte aceleramento da emissão de gases de estufa, para o esgotamento das reservas naturais na Terra e para a criação de negócios prósperos que não interessam à humanidade, mas ninguém fala deste tipo de poluição.
Qual poluição?
A proliferação de pessoas milionárias que poluiem tanto como milhares ou milhões de pessoas é um problema ambiental!
Quem é que fala nisto?
A riqueza excessiva é um problema ambiental!
PensaCM

RASTOS DO TURISMO


A passagem de emigrantes por um local geralmente deixa um rasto de lixo, principalmente plástico, que é fruto de uma falta de consciência ambiental.
Mas quando se fala de turismo, pensamos naquelas pessoas que são adeptas da curiosidade por sociedades diferentes e ambientes diferentes, dizem que é bom para o desenvolvimento da pessoa ter experiências sociais diferentes e ver organizações espaciais e sociais diversas da nossa.
As experiências diferentes no turismo ocidental jovem passa muito pela bebedeira e consumo de drogas a preço diferente, geralmente mais barato. o rasto deixado é muitas vezes o rasto de barulho noturno, por vezes destruição de pequenas estruturas urbanas, desorganização do espaço por onde passou, rastos de vómito e o rasto de inflação que deixam na vida dos locais quando o turista tem maior poder de compra
Os ambientes especialmente aquecidos ou arrefecidos para que o turista se sinta bem, o transporte a combustível fóssil que foi usado e tudo o tipo de caprichos que os mais ricos têm, como mandar vir uma sobremesa de 5000 Km de distância, de urgência, para que o milionário a saboreie depois do jantar, são fatores fortemente poluidores.
Segundo um estudo publicado em 2018 na revista “Nature”, a indústria do turismo é responsável por 8% das emissões de gases de estufa a nível global.
Não sei o que consideraram neste estudo, mas 8% de emissões de gases de estufa valem a pena nos tempos que correm em que existe um Google Earth onde se pode ver muita coisa em qualquer parte do mundo coadjuvado pela net e que não têm o inconveniente do cheiro nem da contaminação biológica a que o turista pode estar sujeito ou sujeitar os indígenas dos locais que visita?

PensaCM