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sábado, 26 de outubro de 2019

ORDENADO MÍNIMO




O ordenado mínimo devia estar ligado a atividades com baixa rentabilidade mas que são necessárias à sociedade e não à disponibilidade de mão de obra.
Se há ordenado mínimo também deveríam existir arrendamentos mínimos compatíveis com os ditos ordenados, dado que o custo da habitabilidade consome sempre, pelo menos metade ou mais, do ordenado na gama do mínimo.
Em Portugal, teremos mais de 15 % da população trabalhadora a ganhar o ordenado mínimo, mas esta estatística contabiliza o trabalho legal, porque a quantidade de gente que trabalha de forma ilegal e com ordenados até abaixo do mínimo, mesmo laborando as 8 h, não está contabilizada.
Temos agora um Governo a tomar posse que afirma querer o ordenado mínimo em 750 € em 2023, os Gregos já o tinham nesse valor em 2012 e achavam pouco.
750 € será um aumento de 150 € relativamente ao atual ordenado mínimo de 600 € que se for equitativamente repartido pelos vários anos dará 150/4= 37.5 € por ano: já dá para meter 24 litros de gasolina não aditivada no depósito do carro, só que o ordenado mínimo não permite ter carro.
Pois é, muitos empregos querem que o trabalhador a quem vão dar o ordenado mínimo ou pouco mais que isso, tenham carro.
Se vivêssemos nalguns países do terceiro mundo seria possível viver razoavelmente com os nossos ordenados perto do mínimo, mas esses países ficam a distâncias economicamente impossíveis, não nos permitindo viver lá e trabalhar cá, tipo México/USA ou Rússia /Finlândia.
Assim só poderemos viver com ordenados na zona do mínimo se nos ligarmos a alguém ou alguens que viva connosco e então o grande despesão, a habitabilidade, já será dividida, tornando-se possível possuir um carrito económico.
Não há dignidade neste tipo de ordenados com o custo de vida que temos.
Também há quem ganhe bem ou faça bons biscates por fora e que só declare um ordenado na gama do mínimo: isso é uma forma de escarrar na cara do que ganha só na gama do mínimo.
É por estas e por outras que taxar ou imputar impostos ao trabalho é só parvo: então vamos trabalhar para conseguir viver nesta sociedade economicista e ainda temos de pagar impostos e taxas pelo trabalho?
O que dá dinheiro não é o trabalho mas sim a transação económica.
Há quem trabalhe muito e não consiga vender o que produziu ou venda uma pequena fração, acontece muito no artesanato, então vamos taxar ou imputar impostos ao trabalho que não gerou riqueza a que propósito?
PensaCM

terça-feira, 8 de outubro de 2019

PORTUGAL O INÍCIO


Portugal é um país nascido no século XII que nasceu e cresceu da conquista dos territórios islâmicos da Península Ibérica.
O crescimento deste país beneficiou do apoio de derivados dos exércitos das Cruzadas, ajudando na conquista de territórios que já tinham sido cristãos e que na altura eram islâmicos.
Portugal cresce ao longo do Atlântico e isso irá projeta-lo por todo o mundo que tenha costa oceânica, desde a América até ao Extremo Oriente.
O resto da Península Ibérica será unificada como Espanha e terá um poder muito maior, tendo também uma boa costa Atlântica e outra Mediterrânica, vira-se para a Atlântica, pois a Mediterrânica já tinha donos e bem armados.
Apesar da expulsão a bom ritmo que os cristãos portugueses impuseram aos islâmicos não foram os portugueses que acabaram com a Idade Média mas sim os espanhóis quando expulsaram o último reino islâmico da Península Ibérica, tornando a Europa livre do domínio islâmico.
Em 868 surge o Condado Portucalense que terá uma determinada autonomia mas pertence ao reino de Leão, ajudando-o a expulsar o domínio islâmico da zona Entre-Douro e Minho.
Em 1096 as Terras de Portugal são dadas como dote de Dona Teresa, filha bastarda de Afonso VI, onde inclui o Condado de Coimbra embora tenha menos território na zona da Galiza e Trás-os-Montes que o anterior Condado, é aqui que enraíza a independência, pois o seu filho, Afonso Henriques, nascido possivelmente em Viseu, em 1128 com 17 anos usurpa o poder à mãe Teresa que estava casada à data com uma figura importante da Galiza e que governava estas Terras de Portugal depois do seu primeiro marido Conde Henrique ter falecido em 1112.
Em 27 de Julho de 1139, aproveitando uma vitória notável em Ourique contra Leão, Castela e Mouros, Afonso Henriques acha que tem poder para declarar a independência das suas Terras e declara-o, considerado por alguns como o primeiro dia da independência portuguesa.
Em 5 de Outubro de 1143 o tratado de Zamora acaba com as hostilidades entre Afonso Henriques e o seu primo de Leão, Afonso VII, ficando assumido pelos dois que Afonso Henriques não pagará mais tributo ao Reino de Leão: é aqui que começa um Portugal independente segundo outros historiadores.
Mas na Europa da época o reconhecimento internacional era aceite quando o Papa emitia o seu reconhecimento por aquele novo reino.
Em 1179 o Papa aceita e emite essa aceitação a 23 de Maio.
A história de Portugal costuma ensinava ensinar que a independência de Portugal foi em 1143 aquando do tal Tratado de Zamora.
Atualmente comemora-se em Portugal um feriado no dia 5 de Outubro, mas reporta ao dia em que a Monarquia foi substituída pela República em 1910 e não ao dia da independência reconhecido pelo Tratado de Zamora em 1143, o qual não tem celebração oficial alguma.

PensaCM

segunda-feira, 7 de outubro de 2019

ELEIÇÕES PORTUGUESAS 2019













Estas eleições vieram premiar um PS que melhorou um pouco a vida das massas portuguesas, um BE que fala agradavelmente aos direitos das massas mais jovens e às franjas sociais, o PC que tem os seus eleitores a morrer de velhos acabou por perder alguns milhares de votos, embora continue coerente com a sua ideologia inicial, virada para o povo e os trabalhadores.
O povo e os trabalhadores?
Mas qual é a diferença?
O trabalhador não é povo e o povo não é trabalhador?
Dá a impressão que o povo são os que vivem dependurados no sistema que os trabalhadores sustentam!
O PSD que deixou marcas na governação da crise, e ainda por cima com muita arrogância, continua a sofrer na memória que deixou. Aquele discurso do Passos Coelho a não dar esperança nenhuma que levou a muita emigração que ainda permanece lá... Fez mossa.
O PAN, esse sim tem muito potencial: subiu cerca de 3 vezes a sua votação e de uma forma útil pois gerou 4 vezes mais deputados.
O PAN não defende só os animais, também defende as plantas, as pessoas e a natureza de um modo geral (Pessoas Animais e Natureza), onde se inclui as plantas, os fungos, as bactérias e os vírus.
Se virmos um militante do PAN a defender a existência do vírus Ébola não nos podemos chocar, pois o Ébola faz parte da natureza.
Quando estamos na praia com os nossos filhos bebés e chega um casal com os seus dois cães que defecam logo ali e urinam mais à frente, não podemos ficar indignados, foi o PAN que lhes conferiu esse direito.
A antiga filosofia de que os animais não podem ir à praia porque podem transmitir doenças nomeadamente fungos através das patas e outras doenças pelas fezes, foi PAN lixo, pois eles têm direito sim, como as pessoas.
O PAN foi o grande ganhador destas eleições e tem um potencial que poderá ir até ao número de pessoas que têm um animal de estimação que é tratado com todo o carinho, por vezes mais do que o tratamento dado às pessoas que as rodeiam, estaremos a falar acima dos 20%, talvez 30% e serão mais pessoas citadinas do que do campo, onde o animal é criado para dar sustento e lucro e não despesa e ter direitos.
O CHEGA é um partido que se assume nitidamente de direita e que pretensamente defende só os cidadãos do país: é aquele slogan de que se deve governar para os cidadãos do país, também usado por outros políticos mas que cai mal na comunicação social.
Tal como no resto da Europa C€€ também já temos uma representação da chamada extrema direita na Assembleia da República.
Este partido e todos os congéneres europeus já foram designados de "excrescências políticas" por um elemento da direita moderada portuguesa num programa de debate televisivo.
De qualquer modo temos de democraticamente ter respeito por todos, mesmo que não estejamos de acordo com eles.
O LIVRE parece mais uma dissidência do BE: qual a diferença de programa?

PensaCM

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

FICHA MÉDICA


Em Portugal, se o paciente quiser consultar a sua ficha médica sem a presença do respetivo médico não pode.
Imagine-se que necessita de saber qual o exame que lhe foi receitado para poder marcá-lo efetivamente e não tem a respetiva prescrição à mão, não pode ter acesso à sua própria ficha.
É estranho, embora se compreenda que para se ter acesso à mesma é necessário que a assistente do médico vá buscá-la ao ficheiro, sendo isso considerado violação da privacidade do doente embora ele possa estar presente e seja ele a solicitá-la, no entanto se for para dar a mesma ficha a um médico substituto, a assistente já a pode entregar.
O acesso aos assuntos que dizem respeito ao cidadão deveriam ser acessíveis ao mesmo, pelo menos quando é considerado mentalmente estável.
PensaCM