Translate

sexta-feira, 17 de julho de 2015

A FORÇA DO REFERENDO

O referendo deu uma força brutal ao governo grego, de tal maneira que os 10 milhões de gregos ao manifestarem a sua convicção de não quererem pagar o que devem em tempo útil aos seus credores, estes retiraram-lhe alguma da credibilidade que ainda tinham.
A situação ficou pior que as últimas cinco hipóteses de acordo que o governo grego tinha recusado, retirando toda a seriedade àquele governo extrema esquerda / extrema direita e avisando todos os outros povos que se armem em espertos que quem empresta quer receber e atempadamente, tal como os eleitores querem as promessas cumpridas.
Mais uma vez vão emprestar dinheiro aos gregos, mas já de uma forma que estes não vão ter qualquer tipo de hipótese de pagar, pois desde o próprio primeiro ministro aos mais de 60 % dos eleitores, ninguém está interessado em fazer sacrifícios embora tivessem gostado dos benefícios que tiveram nas últimas décadas.
Uma coisa é certa, o capitalista, de um modo geral, impõe-se sempre porque é mais organizado que as massas a quem dá trabalho. Esta é uma realidade que se repete e explica porque acaba por romper sempre os regimes socialistas e estes passam o tempo a queixar-se dos capitalistas.
Podemos assim dizer que a pobreza leva ao socialismo e este leva ao capitalismo ou doutra forma: o socialismo só consegue ocupar as crises do capitalismo.
Aquela rampa: capitalismo a dar socialismo e este a evoluir para o comunismo e daí avançar-se para o anarquismo, na prática emperra logo no socialismo porque o Marx ao teorizar este regime acreditava no bom senso das pessoas mas essa premissa é falsa, pois o pobre é tão ambicioso individualmente ou mais que o rico, só que lhe falta organização, iniciativa e esperteza para a concretizar. Por sua vez a riqueza mede a adaptação individual ao sistema económico envolvente, nada mais que isso, mas é o suficiente para fazer toda a diferença, nomeadamente na grande experiência da vida.
PensaCM

Sem comentários:

Enviar um comentário