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sexta-feira, 19 de maio de 2017

OS TRÊS FFF


Portugal dos meados do século XX era conhecido pelo país dos três F's: Fado Futebol e Fátima, atualmente estamos a passar uma fase de sucessos baseados em Futebol, Fátima e Festival.
Fomos campeões europeus em Futebol no ano passado, a 13 de maio deste ano o Papa Francisco veio cá a Portugal para manter a fé em Fátima e no dia em que se foi embora, o Euro festival foi ganho por Portugal pela primeira vez, com a representação do Salvador Sobral.
Na realidade,todo este espírito ganhador mostrou que nada disto foi por sorte.
Para o Papa vir cá foi necessário muito trabalho de diplomacia religiosa e política, durante muitos meses.
Para o futebol português ter ganho o campeonato europeu foi necessário muito trabalho e devoção do treinador em Fátima, na final até sem o Ronaldo ficámos, mas mesmo assim ganhámos, significando mérito da equipa e não só da estrela suprema portuguesa.
Finalmente o SS, Salvado Sobral, depois de uma infância e adolescência ligadas à música e aos concursos televisivos, na idade adulta, já com problemas de saúde graves conseguiu ganhar o Euro festival cantando na língua mãe, ao contrário da maioria dos outros concorrentes que adotaram a língua do Brexit.
Esta vitória do SS no imediato não teve ligação a Fátima, mas muitos afirmam que a Santidade deste Papa poderia ter contribuído para isso, pois a música apesar de mole e a letra lamechas conseguiu ganhar aquilo tudo, ao contrário do que eu tinha previsto.
Assim temos que Fátima é o cerne do sucesso português: independentemente de ter sido aparição, visionamento ou visão económica de futuro, a realidade é que o efeito que gera nas pessoas tem sido real.

PensaCM

quinta-feira, 11 de maio de 2017

A CHAPADA DA ÁGUA

  
A  chapada é um impacto provocado numa zona do corpo de forma rápida e forte.
Embora quem não saiba português possa pensar que tem a haver com xá e pé (pada), na realidade tem mais a haver com mão.
Quando o mar está mais agitado pode-nos dar chapadas nas costas, nos glúteos e até na cara, doendo tanto ou mais que a mão de uma pessoa. Pode deitar-nos ao chão ou até partir-nos a coluna vertebral, tal a força exercida por aquele pedaço de água mole.
A chapada da água é um aviso a todo aquele que já foi sua vítima de que a serenidade de um meio não é para sempre, a agitação mais cedo ou mais tarde acaba por surgir, em física chama-se a isto o equilíbrio entre a suave entalpia e a entropia confusa da matéria-energia.
A variedade de estímulos força a inteligência e a adaptabilidade, o seu excesso geralmente forma monstros.
Quando a chapada da água é masoquista, a crista da onda bate na sua base deixando um oco no meio a que os surfistas chamam tubos, sendo muito apreciados nesta modalidade. Pois o tubo pode ser comparado com uma cornucópia e poderemos mesmo dizer que é um comportamento autista daquela onda.
O tubo da onda é como os buracos no queijo suíço, indica falta de uniformidade do constituinte: alguma coisa esteve mas já não está.
A água é um ser complexo e que nos ensina muito, pois dependemos 65 a 80% dela e tal como na sociedade humana, alguma da água tenta libertar-se da mole em que está aprisionada formando ondas solidárias com o vento ou o fundo marinho em que desliza, também se deixa levar pelo sol ou por outro qualquer calor, subindo aos píncaros como os VIPs mas as nuvens acabam sempre por cair na sua mole líquida imensa e igual.
Poderíamos dizer que as esquerdas dão mais importância à massa oceânica e as direitas às nuvens libertadas da mole popular do oceano: será sempre uma perspectiva no tempo.

PensaCM