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sábado, 18 de abril de 2020

LISBOA A CAPITAL QUE SUBSTITUIU COIMBRA


A capital de Portugal até ao reinado de Dom Afonso III foi em Coimbra, mas devido a várias reivindicações clericais e à perca da importância económica desta cidade no contexto do reino, Dom Afonso III, um rei que antes de sê-lo tinha vivido numa  Europa mais avançada cultural e economicamente, viu que o maior estuário do país conjugado com uma cidade bem defendida e um comércio muito ativo era a capital ideal para este reino.
Lisboa depois de conquistada por Dom Afonso Henriques, bisavô de Dom Afonso III, nunca mais foi conquistada por mais ninguém, ao contrário de várias outras cidades do reino,o que significa que foi uma boa escolha.
Lisboa na altura já se poderia considerar central pois o Algarve também passou a pertencer a Portugal ainda nesse reinado, embora a centralidade talvez não tivesse sido o fator definidor de capital.
Coimbra não terá gostado e o Porto também não, eventualmente o bairrismo portuense teria achado que a capital na sua cidade é que era correto, mas o próprio nome da cidade dá-lhe um cariz de nacionalidade que nem Lisboa consegue ter: Porto está na origem de Porto cal, Portugal, não precisam de mais para serem um marco e ter uma importância que nunca ninguém
lha tirou ou tirará.
Realmente o enorme estuário do Tejo com aquele morro encimado pelo castelo, estava mesmo a dizer: proteção e capacidade comercial.
Almada na época já existia mas não passava de uma pequena urbe no cimo de um morro à beira do rio Tejo, mas não tinha as potencialidades de Lisboa, no outro lado do rio.
A escolha desta capital veio uns reinos mais tarde a mostrar-se como um pólo com todas as condições para a expansão marítima a nível mundial e uma capital de um Império comercial que os portugueses chegaram a construir e onde toda a Europa se vinha abastecer por um preço mais barato do que nas cidades com comércios de nível mundial mas terrestres.
Esta cidade que desde que se tornou portuguesa sempre foi cosmopolita já estava à frente naqueles tempos em que a globalização comercial começou a subir exponencialmente.
Afonso III que foi casado com uma Bolonhesa antes de ser rei, viu como se enriquecia numa Itália que era um aglomerado de Cidades Estado que se dedicavam ao comércio por terra e mar, sendo o centro da riqueza na Europa de então. Foi esta visão que o levou a colocar a capital numa cidade com capacidade de escoamento fácil para o comércio, em detrimento de uma cidade com um rio modesto e umas montanhas à volta ou de uma outra cidade na foz de um rio médio, o que já era melhor, mas acidentada dentro e fora de portas e sem o buliço comercial de Lisboa.

PensaCM

terça-feira, 14 de abril de 2020

RECOMEÇO DO CONSUMISMO DESENFREADO


O recomeço da atividade normal das empresas e instituições vai ser o retomar da normalidade das pessoas, mas não será bem assim durante uns tempos ou até para sempre.
Aqueles que estavam sempre a viajar será que continuam com esse espírito?
Aqueles que viviam para ganhar para as viagens, será que ainda vão valorizá-las da mesma forma?
A retoma da industria aérea será que vai ficar muito afetada?
Já há programas que falam só nos acidentes aéreos,aqueles em que na esmagadora maioria não fica ninguém vivo.
Então e as roupas que se compram e não fazem falta nenhuma, as bugigangas que não servem para nada e a comida que vem de milhares de quilómetros por navio?
Será que se continua a comprar coisas que podemos fazer aqui mas preferimos dar a ganhar a outros lá longe só por serem um bocadinho mais baratas embora sem qualidade alguma?
Agora neste confinamento é que se viu que a economia está cheia de aquisições que se passa perfeitamente sem elas, além de que sem elas fica mais dinheiro no bolso.
Será que vamos continuar a fazer reuniões presenciais quando são perfeitamente realizáveis por teleconferência ou teremos de ir dar o nosso manifesto pessoalmente, mesmo que um veleiro caríssimo nos transporte quando podemos estar presentes por video net?
Afinal o pessoal da publicidade é que é o grande culpado de todo este consumismo escusado, os ambientalistas deviam virar-se contra eles.

PensaCM

quinta-feira, 2 de abril de 2020

QUEDA ABRUPTA DE CONSUMO E EMISSÕES


O Covid 19 não trouxe só factos maus, também trouxe boas notícias, principalmente para os ambientalistas e até para os próprios emissores de fumos fósseis.
Os emissores de fumos fósseis que somos todos nós que temos ou andamos com carros ou outro meio de transporte a combustão interna ou a jato, vimos os preços dos fluídos combustíveis caírem acentuadamente, o que foi bom para a carteira, além disso muitos de nós fomos para casa trabalhar o que gerou poupança adicional nos gastos com combustível fóssil.
Por outro lado as viagens de avião quase desapareceram, os paquetes não têm turistas: são dois meios de transporte bastante poluidores, pois não tem havido contenção nas emissões de compostos de enxofre nem nas de CO2 e onde só vale o mais baixo preço de combustível nestes meios de transporte porque andam entre as legislações de todos os países e no espaço aéreo e marítimo de ninguém onde as preocupações ambientais caem na falta de responsabilidade total.
Quando estes transportes verdadeiramente poluentes param, todos respiramos melhor.
Só falta saber até que ponto os 90 % do comércio mundial que é feito por navios enormes, foi afetado: estes também consomem o combustível mais barato, aquele que tem as piores emissões, para rentabilizar o negócio multi milionário que alguns conseguiram impor a todos.
Mas parece-me que os 90 % do comércio mundial por navio também caiu pelo menos substancialmente, pois ninguém está a comprar roupa feita na China, nem sapatos feitos na China, nem bugigangarias feitas na China ou na Indonésia, por isso é que os chineses nos estão a vender mais de 500 ventiladores por mais de 17 000 € cada um e os fatos Tyvec anti virus também vão chegar a preços de esfolar os Orçamentos.
Onde está o preço baratinho da loja do chinês de há 20 anos atrás?
Agora que ficámos agarrados à necessidade eles cobram a doer.
Façam máscaras na máquina de costura a partir de um tecido denso que tenham lá para casa, fica muito mais barato e faz o mesmo efeito e é melhor porque se pode lavar e reutilizar.
Já repararam que as máscaras feitas pela indústria são sempre feitas de um material que não dá para lavar!
Os italianos acordaram e a alta costura vai permitir a Itália ser auto suficiente na produção de máscaras, já que ninguém anda a comprar aquelas roupas que eles criam.
O mundo não pode estar nas mãos de um só país fornecedor de quase tudo e em exclusivo para muitos bensy, criando uma forma de levar o produto do produtor ao consumidor de uma forma totalmente incoerente e perniciosa: forneceram-nos o covid 19, a seguir fornecem-nos algumas equipas médicas e finalmente vendem-nos as proteções por preços de negócio da China quando estamos a ser dizimados.
Concentre-mo-nos no brutal abaixamento das emissões para ficarmos felizes.

PensaCM