Em Portugal, durante o PREC (Período Revolucionário Em Curso), que durou um ano e tal depois da data do Golpe de Estado de 1974 em Portugal, víamos debates televisivos que estavam programados para durar uma hora e duravam uma hora e meia, às vezes duas horas e até três horas.
A programação da televisão era mais ou menos aquilo que apresentavam, deixando alguns tele-espetadores frustrados com os horários daquilo que queriam ver.
O tempo passou e a sociedade tornou-se mais exigente, as programações menos distendidas até que chegámos à tirania dos horários da atualidade: ainda ontem uma comentadora na CNN estava só a dizer as palavras finais sobre o tema em causa e a jornalista apresentadora de telejornal, com a sua voz gutural cortou-lhe a palavra de uma forma totalmente psicótica.
Tanto a comentadora como os tele-espetadores de certeza ficaram chocados, aquela jornalista já não é a quinta vez que tem aquela atitude e eu pessoalmente evito ver telejornais quando ela está a apresentá-los.
As ditaduras servem sempre minorias logo são sempre más, mas quando a ditadura nem pessoas serve mas sim espaçadores de vida quem nem sequer tem uma existência real, o caso do tempo na forma de horário, então a ditadura já nem sequer tem sentido.
O tempo nem sequer existe, não tem partícula e não se consegue trabalhar cientificamente, não passa de uma conceção artificial agregada a máquinas (relógios).
O que é que ganhou a referida jornalista ou outros colegas quando têm aquele tipo de atitude em que cortam o raciocínio de quem foi convidado para o expor?
Perdeu audiência!
Faz lembrar o dono da galinha dos ovos de ouro que a mata para ficar já com o ouro todo, perdendo todos os ovos que ela iria ainda pôr.
PensaCM