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segunda-feira, 9 de junho de 2014

ZOO HUMANO

No século XIX chegou a ser popular ter jardins zoológicos com humanos, mostrando raças não europeias como exóticas, esta abordagem etnológica vivia da ideia da classificação absoluta das raças, onde a raça branca europeia se situava no topo da escala.
Entretanto um norueguês e um sudanês recriaram um jardim zoológico humano há poucos anos, onde a grande diferença é o facto das pessoas expostas estarem lá voluntariamente, enquanto no passado eram forçadas a permanecer em exposição contra a sua vontade.
Desta forma coloca-se a questão de princípio da constituição de um zoo humano prender-se somente com a voluntariedade dos humanos expostos e do pecúlio que ganham, sendo independente do conceito das raças se poderem hierarquizar ou não e dos direitos humanos estarem ou não em causa.
Na feira de Oslo em 1914 estava patente realmente um zoo de humanos constituído principalmente por africanos negros, as raças asiáticas e índia, na altura eram consideradas raças intermédias entre a evolução da raça branca europeia e a raça negra africana.
Na altura não se sabia que todos tínhamos tido origem em África e o capitalismo limitava-se a dar cobertura aos direitos humanos contra a escravatura, tendo tido um ponto alto na guerra civil americana.
Entretanto com uma cada vez maior globalização capitalista e um socialismo a contrapô-lo como forma igualitária para todos, a consideração da igualdade entre todos surge como princípio político e no papel, sendo cada vez mais imposto a todas as nações, mas nas empresas e no mundo económico a diferenciação passa a acentuar-se cada vez mais com avaliações que não existiam no tempo da hierarquização das raças.
CONCLUSÃO
Antigamente hierarquizavam-se as pessoas por raças, agora é por classificação no trabalho e pelo que ganham: qual a diferença?  
PensaCM

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