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terça-feira, 10 de março de 2015

BIOMETRIA PARA CONTROLAR O QUE CADA UM COMPRA

A Venezuela, país sul americano, está a passar um mau bocado por causa da baixa acentuada dos lucros do crude, como país que depende muito desta extração e com uma política de combustíveis a dar para a brincadeira: têm muito crude, atualmente é considerado o país com maiores jazidas conjuntas de crude e gás do mundo, à frente da Arábia Saudita. No entanto a extração destes hidrocarbonetos é cara e geralmente com pouco rendimento em gasolina, então compram-na quase toda a outros países, mas por outro lado este é o país do mundo onde a gasolina é mais barata ao consumidor final, mais barata que o seu próprio custo. Resultado o cidadão não se preocupa nada com os consumos da gasolina, mas anda preocupadissimo com os bens essenciais, nomeadamente para comer.
O Regime baseia-se na ideia da Revolução Bolivariana, facto histórico do século XIX que levou à independência de várias colónias espanholas da América do Sul, que no total perfizeram uns milhões de quilómetros quadrados com as suas riquezas naturais e as suas populações indígenas misturadas com populações importadas de África para o trabalho braçal que era controlado pelos colonos de origem europeia.
Resultado: a indústria é fraca, o turismo na Venezuela teria o seu peso, mas a política de distribuição igualitária permite muito o  roubo, o sequestro e a corrupção, fazendo deste país um dos mais violentos do mundo, afastando assim o turismo. Por outro lado os serviços têm uma forte componente estatal com a habitual pouca eficiência.
Neste contexto o governo da Venezuela está-se a ver a braços com racionamentos dos bens fundamentais, nomeadamente para alimentar as pessoas, por seu lado há quem arranje métodos para comprar mais do que pode e vender no mercado negro por bom preço, ficando outros sem poder comprar aquilo a que têm direito.
Para minimizar a compra em nome doutros, o governo Venezuelano está a implementar detetores biométricos, nomeadamente detetores de impressões digitais, que tem estado a instalar nos super mercados e outros tipos de lojas com produtos racionados, para controlar esta forma de corrupção: os defensores do direito à privacidade do cidadão parece que ainda não se manifestaram ruidosamente contra este tipo de controlo, mas seria uma forma de perpetuar o mercado negro à pala dos direitos do cidadão.
No entanto o maior escândalo da governação da Venezuela é o subsídio estatal ao preço da gasolina que consome mais recursos ao Orçamento de Estado: uma vez e meia mais que os custos com a Educação e quase três vezes os custos com a saúde.
PensaCM
 

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