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segunda-feira, 18 de abril de 2016

JERÓNIMO, TRABALHADORES E O POVO





O Jerónimo do PC quando fala como secretário refere-se aos trabalhadores como sendo diferentes do povo, coisa que não me lembro que acontecesse com os anteriores secretários.
Os PC's mundiais têm como objetivo transferir parte importante da importância absoluta que o burguês capitalista teve e ainda tem para o trabalhador ou executante que leva a bom termo aquilo que o capitalista engendrou com o seu dinheiro.
Nota-se nesta abordagem uma diferença entre o o capitalista puro e o capitalista que engendra ou planeia.
O capitalista puro é um produto mais tardio do sistema capitalista, o capitalista que engendra, será o mais original, aquele que sonhou, pensou, racionalizou e tornou realidade com a ajuda de outros que passaram a ser sócios e ou seus trabalhadores: é por este tipo de capitalista que se tem de ter mais respeito e um destes exemplos é o Rockefeller que no século XIX a partir do petróleo que pessoalmente encontrou, planeou e criou toda a base da indústria petrolífera mundial, tendo chegado a dominar 90 % da indústria do petróleo mundial no seu tempo.
Este tipo de pessoas que percebem de um assunto e a partir daí fazem todo um construto negocial gerando riqueza, são mais difíceis de apontar como sugadores da riqueza do mundo, pois têm origem nos artesãos da época pré capitalista que geraram riqueza deixando de ser povo e tornando-se nos burgueses que por vezes tinham mais dinheiro que a nobreza de brasão.
O capitalismo entretanto evoluiu devido à necessidade de investimento em novas ideias e negócios e chegou-se à atualidade, onde de pode viver só de investimentos e ganhar um dinheirão ou perde-lo num só dia sem se produzir nada em concreto, só na base das expetativas económicas e esta gente sim fazem parte dos tubarões que dominam o mundo: o deus dinheiro é a sua fé e os princípios humanos são a fraqueza da qual o seu inferno está cheio.
Este capitalismo dialético difere do materialismo dialético só pelos nódulos sociais de riqueza que gera em oposição a uma maior uniformidade da distribuição da mesma.
Na época em que vivemos os que se mantêm e evoluem na sua riqueza têm de ser trabalhadores, embora mentalmente, em detrimento do trabalho físico, para que possam dominar a expansão da sua riqueza, caso contrário só delapidam a riqueza que têm.
Reformulando: trabalhador é todo aquele que dispende boa parte do seu tempo para manter ou ampliar o seu sustento ou riqueza, não trabalhador é todo aquele que não devota tempo à manutenção dos seus bens, vivendo simplesmente do disfrute das emoções.
Esta definição diz-nos que os ricos e muito ricos também serão trabalhadores.
Então o problema passou a ser a distribuição da riqueza entre quem planeia, quem domina o seu fluxo e quem executa ou faz essa riqueza.
PensaCM

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