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terça-feira, 7 de março de 2017

FUNCIONAMENTO DA MEMÓRIA

Estudos psicológicos sobre o funcionamento do cérebro em que entrevistaram pessoas sobre as suas memórias de acontecimentos pessoais e colectivos, concluíram que a memória do que nos acontece não é imutável, antes pelo contrário: quanto mais acedemos a uma determinada memória mais a modificamos.
Em testes à memória de várias pessoas através de entrevistas acerca de acontecimentos privados, concluiu-se que em média 61% do que é contado na entrevista ao fim de um dia, dois anos depois já é recordado de forma diferente.
Nas memórias colectivas, onde várias pessoas recordam o mesmo evento, os 61% de memória alterada passam a 41%, ou seja, a memória compartilhada com outros cérebros torna-se mais cuidadosa na sua criatividade.
Descobriu-se ainda que quanto mais vezes se acede a uma determinada memória mais criativo é o cérebro a alterar os fatos que foram percepcionados pela primeira vez, por exemplo um casal que se apaixonou num determinado encontro, pode alterar muito a imagem que passa a ter depois de um divórcio. Por exemplo a imagem inicial do rapaz bem vestido, com bons modos, a beber um bom vinho num copo com um bom design, depois de um divórcio pode passar a ser um indivíduo mal vestido, com modos incorrectos e a beber uma cerveja directamente pelo gargalo.
Afinal ser aldrabão pode ser coisa própria do nosso cérebro, pois vai aldrabando à medida do que lhe assenta melhor em cada ocasião, protege-se das suas falhas do passado e constrói o acontecimento mais digno para a sua mentalidade.
A memória humana não fica registada em suportes imutáveis mas sim em células vivas que se adaptam às circunstâncias de modo a sobreviverem e manterem o cérebro como um todo coerente.
É o que somos!

PensaCM

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