A CHUVA

A água anda nos oceanos em parceria com sais e outras substâncias naturais e artificiais, envolvendo as rochas, as lamas dos fundos, as plantas subaquáticas e permitindo o movimento fluído de muito tipo de ser vivo.
Imagine-se a água de um oceano ou de um mar: o oceano tem uma profundidade média entre três e quatro quilómetros mas os lagos são muito menos profundos.
Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície da Terra e são alimentados por rios e mares exteriores que têm muito menos salinidade, considerando-se que os rios fora da zona da foz e da influencia da maré são de água doce.
Mas do ponto de vista da água, mais concretamente da gota de água que cai sem para quedas, aproveitando para dissolver algum azoto e oxigénio pelo caminho durante a sua queda veloz, cai numa qualquer porção de terra onde se embrenha até às profundezas de um nível freático ou é logo absorvida como nutriente líquido por uma raíz. Nesta fase ainda é uma água doce.
Se a gota mergulha num nível freático, significa que o solo onde caiu já tem água suficiente para não a absorver, acabando normalmente a alimentar um riacho ou um rio, onde como água doce já vai arrastar grãos de terra e pedra que formarão a carga de sedimentos desse rio. Como rio, a água, já vai dar sustentação a objetos menos densos, servindo de via de transporte para a sua carga flutuante, desde sementes a pessoas.
Ao chegar à foz o rio vai diminuir bastante a sua velocidade e vai largar a sua carga mais fina formando lamas com nutrientes que alimentarão plantas subaquáticas diversas que serão alimento de uma fauna aquática que alimentará uma fauna aérea e terrestre.
As lamas serão argilas que se transformarão em rochas sedimentares a prazo, no entanto se toda a flora e fauna na foz do rio e na plataforma continental adjacente alimentada pela carga do rio, forem muito proliferas durante uns bons milhares ou milhões de anos, os seus restos mortais poderão originar uma boa jazida petrolífera no futuro.
Por outro lado a água do rio que vai entrando no mar fornece percursores do sal, contribuindo para os oceanos irem ficando cada vez mais salgados e com condições para outros tipos de flora a alimentar outro tipo de fauna diversa dos rios com água doce.
Os oceanos, local onde tudo acaba por ir parar, acabam a acumular metais e todo o tipo de jazidas para que o homem mais cedo ou mais tarde os vá explorar e dê continuidade à sua acumulação incluindo poluentes.
O resgate da água do oceano é feito pelo calor do sol e pelos vulcões superficiais, que libertam as moléculas da água da sua forma líquida e lhes permitem a evaporação de modo a irem para o céu, não na forma de anjos mas de nuvens.
As nuvens são uma lotaria tocada a vento permitindo que o seu capricho tornado chuva possa ser libertada por cima de um oceano ou por cima de um pedaço de terra, recomeçando o ciclo da gota de água.
O ciclo da água está pensado para que uma mesma quantidade consiga dar vida, provocar erosão, armazenar na forma sólida nas zonas frias e tornar a água novamente descontaminada na forma de nuvem através do calor absorvido, tudo isto tendo dimensão suficiente para permitir muita asneira.
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OS HORÁRIOS DOS CAFÉS E O FUTEBOL

Os cafés em Sines começaram a fechar às 20 e às 21h quando ainda no inverno passado fechavam pelas 23h, o que se passou?
Perguntando a um dono de café, ele explica logo sem hesitações que as pessoas deixaram de vir ao café a partir das novas horas de fecho, este é o pior ano, dizem.
Mas a crise já passou o seu pior momento, 2013, 2014, 2015 e só agora é que se está a sofrer este embate?
Pois é, mas é isto que se está a passar.
Por outro lado o futebol continua a prosperar, antes do fecho do café vê-se mais um jogo na TV à luz daqueles holofotes potentissimos que iluminam o relvado e que eventualmente ainda nem são iluminados a leds muito mais económicos.
Os jogadores de topo são cada vez mais caros, estamos a falar de dezenas e até centenas de milhões de euros,não sei qual o crescimento deste mercado mas um outro mercado igualmente dispensável, o do luxo, cresce a um ritmo acima dos 20% ao ano, comparado com o crescimento da economia global nos seus modestos 4%.
Realmente, o escravo que joga futebol de topo, ganha como um príncipe só que de vez em quando o corpo não resiste ao abuso do doping e cai no campo, geralmente com um ataque cardíaco.
Estamos num mundo em que se defende cada vez mais direitos humanos das massas mas o que se vê acaba sempre a não ter sentido nem alinhamento com tanta defesa da vida humana.
Mas afinal as pessoas deixaram de ir à noite ao café porque copulam mais, estão mais pobres, gostam mais de ficar no quentinho do sofá ou porque estão mais pobres numa economia que está constantemente a parir dignas figuras de liderança europeia e mundial?

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O AQUECIMENTO GLOBAL E A CHUVA

O aquecimento global não seca o globo, antes pelo contrário: mais temperatura média significa mais evaporação média e mais chuva média, o que fica melhor em média para as plantas, pois ao terem mais água reproduzem-se e crescem mais, em média.
No entanto quando comemos em média uma galinha, significa que uns comem uma galinha inteira e outros sabem que elas existem, comendo só o arroz ou a mandioca do acompanhamento.
Assim o aumento da média de chuva pode significar que nalguns pontos até pode chover menos devido a correntes de novas superfícies de oceano descobertos, como é o caso do oceano Ártico, entre a Rússia e o Ártico, que passou a estar na forma líquida de uma forma permanente ao longo de uma boa extensão, o que gera ventos siberianos a chegar à Europa Ocidental.
Alguns dizem que o sul de Portugal ficará desértico até ao final do século outros dizem que Lisboa ficará com uma temperatura média mais baixa e terá neve no inverno. Será que as duas situações irão coexistir?
Uma coisa é certa: a produtividade média global da flora irá aumentar, assim como os polens, se isso trará vantagens para as plantas comestíveis pelo Homem ou não já é outro assunto.
Que mais polen e insetos no ar trarão mais alergias também é certo, mas que os Russos ficarão com melhores acessos às energias fósseis do Artico também.
Que o Saara aumentará parece ser certo, mas que florestas luxuriantes aparecerão noutras zonas também.
O gelo, água doce dos pólos vai-se derreter mais e juntar-se ao oceano salgado, mas a água dos oceanos também vai aumentar as chuvas que aumentarão os caudais dos rios de água doce.

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