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sexta-feira, 16 de março de 2018

A CHUVA


A água anda nos oceanos em parceria com sais e outras substâncias naturais e artificiais, envolvendo as rochas, as lamas dos fundos, as plantas subaquáticas e permitindo o movimento fluído de muito tipo de ser vivo.
Imagine-se a água de um oceano ou de um mar: o oceano tem uma profundidade média entre três e quatro quilómetros mas os lagos são muito menos profundos.
Os oceanos ocupam cerca de 71% da superfície da Terra e são alimentados por rios e mares exteriores que têm muito menos salinidade, considerando-se que os rios fora da zona da foz e da influencia da maré são de água doce.
Mas do ponto de vista da água, mais concretamente da gota de água que cai sem para quedas, aproveitando para dissolver algum azoto e oxigénio pelo caminho durante a sua queda veloz, cai numa qualquer porção de terra onde se embrenha até às profundezas de um nível freático ou é logo absorvida como nutriente líquido por uma raíz. Nesta fase ainda é uma água doce.
Se a gota mergulha num nível freático, significa que o solo onde caiu já tem água suficiente para não a absorver, acabando normalmente a alimentar um riacho ou um rio, onde como água doce já vai arrastar grãos de terra e pedra que formarão a carga de sedimentos desse rio. Como rio, a água, já vai dar sustentação a objetos menos densos, servindo de via de transporte para a sua carga flutuante, desde sementes a pessoas.
Ao chegar à foz o rio vai diminuir bastante a sua velocidade e vai largar a sua carga mais fina formando lamas com nutrientes que alimentarão plantas subaquáticas diversas que serão alimento de uma fauna aquática que alimentará uma fauna aérea e terrestre.
As lamas serão argilas que se transformarão em rochas sedimentares a prazo, no entanto se toda a flora e fauna na foz do rio e na plataforma continental adjacente alimentada pela carga do rio, forem muito proliferas durante uns bons milhares ou milhões de anos, os seus restos mortais poderão originar uma boa jazida petrolífera no futuro.
Por outro lado a água do rio que vai entrando no mar fornece percursores do sal, contribuindo para os oceanos irem ficando cada vez mais salgados e com condições para outros tipos de flora a alimentar outro tipo de fauna diversa dos rios com água doce.
Os oceanos, local onde tudo acaba por ir parar, acabam a acumular metais e todo o tipo de jazidas para que o homem mais cedo ou mais tarde os vá explorar e dê continuidade à sua acumulação incluindo poluentes.
O resgate da água do oceano é feito pelo calor do sol e pelos vulcões superficiais, que libertam as moléculas da água da sua forma líquida e lhes permitem a evaporação de modo a irem para o céu, não na forma de anjos mas de nuvens.
As nuvens são uma lotaria tocada a vento permitindo que o seu capricho tornado chuva possa ser libertada por cima de um oceano ou por cima de um pedaço de terra, recomeçando o ciclo da gota de água.
O ciclo da água está pensado para que uma mesma quantidade consiga dar vida, provocar erosão, armazenar na forma sólida nas zonas frias e tornar a água novamente descontaminada na forma de nuvem através do calor absorvido, tudo isto tendo dimensão suficiente para permitir muita asneira.
PensaCM

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