Os cafés em Sines começaram a fechar às 20 e às 21h quando ainda no inverno passado fechavam pelas 23h, o que se passou?
Perguntando a um dono de café, ele explica logo sem hesitações que as pessoas deixaram de vir ao café a partir das novas horas de fecho, este é o pior ano, dizem.
Mas a crise já passou o seu pior momento, 2013, 2014, 2015 e só agora é que se está a sofrer este embate?
Pois é, mas é isto que se está a passar.
Por outro lado o futebol continua a prosperar, antes do fecho do café vê-se mais um jogo na TV à luz daqueles holofotes potentissimos que iluminam o relvado e que eventualmente ainda nem são iluminados a leds muito mais económicos.
Os jogadores de topo são cada vez mais caros, estamos a falar de dezenas e até centenas de milhões de euros,não sei qual o crescimento deste mercado mas um outro mercado igualmente dispensável, o do luxo, cresce a um ritmo acima dos 20% ao ano, comparado com o crescimento da economia global nos seus modestos 4%.
Realmente, o escravo que joga futebol de topo, ganha como um príncipe só que de vez em quando o corpo não resiste ao abuso do doping e cai no campo, geralmente com um ataque cardíaco.
Estamos num mundo em que se defende cada vez mais direitos humanos das massas mas o que se vê acaba sempre a não ter sentido nem alinhamento com tanta defesa da vida humana.
Mas afinal as pessoas deixaram de ir à noite ao café porque copulam mais, estão mais pobres, gostam mais de ficar no quentinho do sofá ou porque estão mais pobres numa economia que está constantemente a parir dignas figuras de liderança europeia e mundial?
PensaCM
Sem comentários:
Enviar um comentário