OS ÚLTIMOS GRANDES DESESTABILIZADORES DA ORDEM MUNDIAL

Os últimos grandes desestabilizadores da Ordem Mundial surgiram de países com sucesso na industrialização.
A Guerra Civil Americana, entre 1861 e 1865, mostrou que a força da industrialização arrasou o simples poder agrícola.
No final do século XIX, a Alemanha, a Grã Bretanha e a França foram confrontadas com o mapa cor de rosa em África, feito pelos portugueses e que representava as nossas pretensões territoriais naquele Continente. Portugal era na altura um país pouco industrializado, com pouca população, pouco poder bélico comparativo e com uma administração régia bastante vaidosa e pouco prática, assim só podíamos ter pretensões, pois era altamente desvantajoso partir para uma guerra. Desta forma perdemos cerca de um milhões de Km2 entre Angola e Moçambique para as pretensões Inglesas e Alemãs.
OS USA de pois de recompostos da Guerra Civil provocaram o então Império Espanhol em 1898, sugando-lhe umas colónias numa guerra de seis meses, Cuba, Porto Rico e mais umas ilhas nas Antilhas, a ilha de Guam e por 20 milhões de dólares ainda ficaram com as Filipinas.
Por seu lado no início do século XX a Alemanha que perseguiu a industrialização inglesa e a ultrapassou tornando-se robustamente perigosa provocou uma Guerra a nível Mundial, a Primeira que mostrou o poder de destruição da indústria de Guerra.
Embora tenha perdido a Primeira Guerra Mundial a Alemanha não ficou convencida e provocou a Segunda Guerra Mundial novamente com um poder bélico industrializado superior, tornou a perde-la por falta de timing e aliados suficientemente fortes.
A Segunda Guerra Mundial alimentou o expansionismo Soviético que se fez sentir até à última década do século XX embora em parceria com os USA.
De então para cá o poderio militar industrial passou a ser de tal forma poderoso que emergiu uma nova forma de provocação expansionista, o terrorismo caseiro ou de células suicidas de caris islâmico, que começou a ser combatido de forma ineficazmente desproporcionada.
Vemos assim que a sociedade humana está organizada como se fosse um balão: aperta-se de um lado e incha do outro. Sempre que há uma folga é logo preenchida por alguém ambicioso, a ideia de paz ainda não passa da cabeça de uma minoria.
PensaCM