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sábado, 9 de setembro de 2023

GOVERNAR, TIRAR E DAR

 


Os políticos devem ser pessoas que têm planos, estratégias e conhecimentos das consequências daquilo que implementam.

O que vemos cada vez mais são broncos que prometem no mundo do vago e depois têm sucesso devido a uma conjuntura favorável ou se a conjuntura for desfavorável afundam o país ao qual se aplicavam as promessas.

O líder não tem de saber tudo mas tem a obrigação de se rodear de quem sabe especificamente as várias matérias, não para arranjar tachos mas para o aconselhar efetivamente nas respetivas especialidades.

As duas grandes estratégias são os que baixam impostos e os que sobem impostos ou taxam tudo o que podem.

Os baixadores de impostos estão mais ligados a políticas de direita, têm amigos ligados à iniciativa privada e eles muitas vezes também têm o seus negócios próprios, acreditando na evolução da sociedade a partir do mérito particular e tendo um grupo motorizado de desenvolvimento económico e criativo que puxa o resto da sociedade e assim depois deles terem ganho o resultado da sua iniciativa os outros por arrasto também irão melhorar as suas vidas.

Estas políticas de abaixamento dos impostos são muito bombardeadas com a opinião de que o mercado deve ser livre e com isso auto regula-se e tudo acaba a bater bem. Mas pelos Reagenismos, Tacherismos e afins ao longo da história sabemos que acaba sempre mal, com uma tendência para a criação dos monopólios com a sociedade a ir comer às mãos deles seguido de grandes crises financeiras a entalar os desprevenidos e ignorantes das jogadas da grande finança.

Estas políticas se tiverem um tom sério, para cortar os impostos também têm de emagrecer a Função Pública e cortar nos subsídios alimentadores de parasitismo gerando desemprego no imediato.

Por outro lado temos os políticos que afirmam ter uma grande visão para a sociedade mais igualitária e que na prática vão taxar os considerados ricos através de patamares de impostos e taxação em tudo o que podem, subsidiando os considerados pobres no sentido de uma maior equalização social. Para compensar, estas políticas acabam a engordar o Estado em número de funcionários e de despesas, não dando grande relevo ao mérito pessoal.

Os mais ricos vendo-se ameaçados nas suas posses vão para outro país que os acolha bem em função da sua fortuna e saber. A massa dos mais pobres ao terem no imediato mais acesso a dinheiro passam a comprar mais, gerando inflação a seguir, o Governo congela os preços ao consumo e com a continuação do aumento do preço das matérias primas o vendedor deixa de ter lucro, logo deixa de ter à venda esses produtos, a falta de produtos nas prateleiras para o público gera um mercado negro em que há disponibilidade das coisas mas a um preço muito elevado, criando uma economia paralela e muito inflacionada.

O funcionalismo público engordado acaba a encher-se de burocracia e uma produtividade baixa, gerando necessidade de mais funcionários para alimentar o sistema burocrático, acabando o país em inflação cada vez mais acentuada, os ricos a coincidirem cada vez mais com os políticos, familiares e amigos do círculo do poder, os remediados cada vez mais deslocados para a pobreza e esta cada vez mais alastrada por toda a sociedade.

Então quem não tem um projeto e uma estratégia política para um país não vá para o poder, deixe isso para os que sabem, as pessoas agradecem. Sistemas políticos que não deram certo mais que 10 ou 20 anos e depois acabaram em desgraça sistematicamente não devem ser implementados.

PensaCM

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