Imaginemos que existe uma fuga num teto flutuante de um tanque de armazenamento de uma substância considerada poluente e que esse teto tem o diâmetro equivalente a uma praça de touros.
Teremos de limpar primeiramente o teto, mas se no processo de limpeza não se encontrar a fissura ou furo, então ter-se-á de pesquisar toda aquela superfície de um teto metálico composto por centenas ou milhares de chapas metálicas soldadas umas às outras e que no conjunto formam uma superfície mais ou menos direita com algumas depressões geométricas que dificultam a procura de um furo ou fissura e que poderá ser mínimo.
A limpeza de um teto metálico com alguns anos de uso nunca é um trabalho de limpeza impecável, pois existem as zonas a formar corrosão com um colorido malhado ou escuro, o produto se for escuro, deixa sempre umas manchas mais escuras por cima de uma tinta que seja clara, tornando a pesquisa da fissura ou do furo mais difícil.
O furo poderá estar numa soldadura ou na chapa lisa.
Considerando que o teto é pintado e que tem alguns pontos de corrosão por baixo da tinta, ter-se-á de desfazer essas bolhas de corrosão até chegar à chapa não corroída e verificar que realmente não há furo algum nessa zona.
Poder-se-á passar um dia ou mais à procura da origem daquele derrame e poder-se-á encontrar finalmente um furinho com um milímetro ou dois de diâmetro, no final de um dia de trabalho à procura dele.
O economista dirá que é trabalho perdido, não rentável !
O patrão dirá que está a ter prejuízo !
A Instituição Estatal do Ambiente dirá que a empresa terá de fechar se não conseguir controlar as suas fugas poluentes !
Os trabalhadores envolvidos na pesquisa tiveram de contrariar o seu instinto que os levaria a desistir e continuaram a pesquisa sem qualquer esperança de chegar a uma conclusão até terem uma justificação da fuga e a poderem reparar.
Nem todo o trabalho é visível.
PensaCM
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