Anteontem numa cidade alentejana uma senhora dizia numa loja, a propósito da visita do Papa, que realmente acreditava em Deus pois tinha tido um acidente muito grande que destruiu o carro todo e ela mal se magoou.
O Alentejo é uma Região de Portugal famoso por haver uma grande quantidade de ateus e não crentes, onde o homem e a mulher têm filhos e uma vida em comum mas raramente se casam.
A senhora continuava a dizer que já tinha tido um período da vida em que deixou de acreditar em Deus mas tornou-se triste, agora que acreditava novamente era feliz de novo.
Detalhava que o carro onde teve um acidente brutal era um Audi 100 e ficou todo retorcido, tendo ficado só um bocadinho do cockpit ileso, precisamente onde ficou ela como acidentada.
E dizia que só podia ter sido um milagre, o carro ficar todo retorcido e só onde ia é que não retorceu.
Mesmo depois de lhe ser dito que os carros são pensados para proteger as pessoas em caso de acidente, o cockpit é pensado para que seja a parte do carro mais forte contra impactos e a principal preocupação das marcas, principalmente as boas como a Audi.
Mas a senhora continuava a afirmar que só podia ter sido um milagre, não dando importância nenhuma às investigações e testes que a Audi faz aos seus carros à dezenas de anos para que a vida dos passageiros seja o mais protegida possível, gastando milhões e mais milhões só para que isso seja um facto que faça a diferença nos acidentes.
Desta forma Deus é que teve importância, a Audi no seu esforço hercúleo não teve nada a haver com a sua proteção no acidente e isso é suficiente para acreditar fortemente num Deus que criou tudo e que tudo controla e que devemos acreditar nele, no mínimo.
Acreditar é um ato totalmente subjetivo que não prova nada e não gera realidade alguma a não ser a subjetividade do acreditador.
É assim que as religiões são alimentadas: pela crença.
PensaCM
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