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sexta-feira, 25 de agosto de 2023

BRICS+





Os BRICS são cinco países que quando se formaram tinham uma taxa de crescimento anual de um dígito percentual crescido ou até dois dígitos.

Era neles que o Ocidente rico achava que a economia mundial iria crescer mais nas próximas décadas.

Entretanto o R do BRICS atacou a Ucrânia alegando o encosto com a barriga da NATO à Rússia, o Ocidente reagiu consternado e emitiu várias sanções para dificultar a economia da Rússia, mas a outra malta dos BRICS mantiveram-se neutrais com o Ocidente e deram um apoiozinho à Rússia aproveitando os saldos que de lá vieram e continuam a vir.

O Globalismo não foi programado para funcionar bem com guerras sérias em países com PIB's e capacidades produtivas efetivas, surgiu logo o problema dos principais celeiros mundiais Ucrânia e Rússia estarem condicionados e não alimentarem o mundo pobre disfuncional.

O covid 19 e as atitudes anti capitalistas tomadas durante este período ao emitirem triliões de dólares e €uros ficaram evidentes logo a seguir com a inflação de 2022 e sua continuação em 2023 sublinhadas pela guerra na Ucrânia.

O dólar fragilizou-se, a China levantou cabelo mas financeiramente começou a definhar começando pelas suas principais construtoras civis em processo de falência técnica, a Rússia rabeja financeiramente vendendo a preço de saldo aos outros BRICS o que o Ocidente deixou de comprar, ficando a Índia e o Brasil com um bom horizonte de crescimento.

Ao ver esta oportunidade de saldo em tantas matérias primas e o balancear do dólar produzido aos triliões durante o covid, outros seis países passaram a crer também entrar nos BRICS tornando-os BRICS+, fazendo lembrar o Benelux quando passou a CEE pois os três iniciais já não justificavam manter o nome dos seis que passarm a ser. Também faz lembrar os LGBTQ+ que por tantas definições que se vão juntando acrescenta-se um + e resolve-se o assunto da sigla.

Se os BRICS passarem a ser os tais 11 países ficarão a representar um poder económico maior que o G7, será que o facto de se unirem sob um estatuto esses países à priori promissores terão algum benefício com isso?

Na realidade teremos de ver o cumprimento dos contratos que as economias desses países costumam gerar, depois a disciplina laboral existente nos mesmos, a seguir a taxa de corrupção/violência financeira a que a população e as empresas estão sujeitas, por outro lado o investimento feito em investigação científica útil que esses países geram e por fim o proveito no PIB do investimento que realmente se continua a fazer nesses países.

Lembra-me perfeitamente que Angola nos primeiros anos do século XXI teve um ano em que teve o maior crescimento do mundo, acima de 35 % do PIB. Isso foi bom? Não, só indiciou uma forte dependência numa comodity.

As economias sérias do Ocidente baseiam-se em trabalho, investigação útil, diversificação económica e combate efetivo à corrupção, basta ir a países como o sul da Europa onde a corrupção ainda levanta a cabeça para se notar logo grandes fragilidades financeiras e grandes dívidas Estatais que condicionam o bem estar da população e do desenvolvimento.

PensaCM

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