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terça-feira, 28 de novembro de 2023

ENRRIQUECER PARA QUEM NÃO PERCEBE

 


O simplório quando enfrenta uma inflação que lhe está a comer mensalmente a sua massa monetária, muitas vezes diz logo:

- Deem dinheiro às pessoas !

Mas na realidade há mesmo alguns que avançam:

- Se emitissem dinheiro como deve ser podiam pôr todos ricos, porque não o fazem ?

Alguns destes têm a infelicidade de começar a ver subir o seu ordenado, elevando-lhe rapidamente o nível de vida, passados uns meses ou poucos anos geralmente estão a viver pior do que antes porque a inflação não perdoa o pecado da emissão de dinheiro.

Isto passa-se muito nos processos revolucionários, tal como aconteceu em Portugal depois do 25 de Abril de 1974, tendo gerado um aperto de cinto em menos de 10 anos, mesmo com a venda de muito ouro que o país tinha, houve um disparo da inflação pois não se conseguiu conter o desiquilíbrio gerado pelo aumento de nível de vida rápido sem que tivesse sido acompanhado pelo aumento dos bens compráveis.

O bitcoin nesse aspeto tem uma grande vantagem, pois tem um limite máximo de emissão a partir do qual não se poderá emitir mais moeda, o que gerará uma constante valorização dessa moeda pois os bens compráveis continuarão a aumentar ao longo do tempo.

Por outro lado uma moeda só tem valor se as pessoas a usarem e a considerarem como tendo valor.

PensaCM

BANCO CENTRAL

 


O Banco Central de um país é muito importante para gerar engenharia financeira, principalmente a emissão de dinheiro novo.

O dinheiro só serve para comprar, mas o que compra ?

Compram-se coisas e serviços.

Assim o valor médio de todas as coisas e serviços existentes num determinado momento é igual ao valor de todo o dinheiro nesse determinado momento a dividir por todas as coisas e serviços existentes nesse momento.

Se todo o dinheiro do mundo não variasse durante um ano mas as coisas e serviços compráveis aumentassem, então cada unidade monetária passaria a valer mais ou seja com a mesma nota eu compraria mais valor de coisas ou serviços, mas se durante um ano houvesse emissão de dinheiro e as coisas e serviços existentes permanecessem os mesmos, então a mesma nota ao fim do ano comprava menos coisas ou seja o dinheiro desvalorizava.

Este tipo de alterações passam-se a nível nacional e não costuma ser simples como no exemplo, pelo meio emitem-se papeis de crédito, papeis de dívida, valores futuros, internamente no país, externamente para os mercados de capitais, para os Bancos Internacionais, depois à emissões a curto, médio e longo prazo, e por aí fora.

Toda esta artilharia financeira que o cidadão comum não percebe bem dá margem de manobra a quem governa um país para poder fazer os esquemas e os desfalques que quiser, pois só se notará meses ou anos mais tarde.

Então se um país abdicar do seu Banco Central e da sua moeda ficando dependente de uma moeda mundialmente reconhecida e dependente de um Banco Central estrangeiro que deu provas ao longo de muitas dezenas de anos não permitir grandes inflações tomando medidas adequadas para que isso assim seja, então os Governos do dito país deixam de ter capacidade de gerar problemas financeiros tão facilmente, pois vai-se notar logo qualquer asneira que façam com o dinheiro existente no país.

Os Bancos Centrais deviam ser como os fabricantes de motores de carros, existem alguns que os produzem e todos os outros usam-nos nas suas marcas, porque nem todos sabem construir motores em condições, no caso da gestão do dinheiro quase todos os Governos não o sabem usar ou não querem usá-lo para benefício da sua população.

PensaCM

segunda-feira, 20 de novembro de 2023

MENTALIDADE DE MERCEEIRO E POLÍTICA

 






Você é um merceeiro e costuma ter as prateleiras cheias depois de passarem os fornecedores, no entanto à hora do fecho da porta uma boa parte das prateleiras já está novamente vazia.

Isto passa-se porque os preços não têm grandes variações ao longo do tempo e quando vê o telejornal naqueles dias certos, lá dizem que a inflação anda à volta dos 2 %.

Do nada um dos fornecedores sobe os preços bruscamente, você não gosta mas continua a comprar-lhe os produtos para a sua loja na mesma quantidade.

Cenário 1: a maior parte dos seus clientes são conscientes quanto ao que devem gastar e embora possam comprar aqueles produtos caros, preferem comprar os outros semelhantes que estão ao lado mais baratos que são de outro fornecedor, então ao longo dos dias os produtos do fornecedor careiro deixam de ter saída e você acaba por deixar de lhe comprar as coisas. Os preços da sua loja continuam a ser considerados normais, mantem a clientela e com o tempo até vai aumentando por causa disso mesmo. Ao longo dos dias os telejornais dão aquelas notícias de rotina e a política mantem-se estável.

Cenário 2: grande parte dos seus clientes não abdicam das marcas que compram e embora apreciavelmente mais caros continuam a comprar aqueles mesmos produtos mesmo apesar de se queixarem daqueles preços. Você continua a comprar àquele fornecedor. Nos telejornais repara que a inflação está a subir apreciavelmente. A sua loja com o tempo começa a ter menos clientela, a queixarem-se de que você é careiro e o lucro com o tempo vai baixando. Nos telejornais começam a ver-se manifestações de descontentamento devido à inflação, aos salários e ao desemprego e muitos dizem que este Governo tem de ir abaixo e haver eleições. Entretanto você repara que o seu nível de vida baixou apreciavelmente e os impostos e taxas subiram, tornando o seu negócio menos rentável e mais difícil de manter.

Cenário 1+: com o tempo sabe que aquele fornecedor careiro está com problemas de liquidez e decide baixar os preços então você torna a comprar os produtos dele, mas os seus clientes já se habituaram aos outros produtos que continuaram a comprar e já não compram os produtos da conhecida marca careira. Ao fim de uns tempos o seu fornecedor careiro vai à falência, mas não o afeta a si porque já não lhe comprava quase nada, pois não se vendia. Os telejornais dão noticias rotineiras e o Governo no poder continua estável, o seu negócio vai crescendo e a inflação é aceitavelmente baixa.

Cenário 2+: os políticos do Governo têm uma solução brilhante e que alguns já andam por aí a dizer, congelam o preço de venda ao público de certos produtos considerados fundamentais, então isso vai-lhe afetar uma certa quantidade de produtos que vende. Com o tempo os fornecedores desses produtos começam-lhe a pedir um preço que é quase o limite do preço que pode vender e até mais do que isso, então você deixa de os comprar e passa a ter prateleiras vazias, não por excesso de compras mas por falta de produtos com preços que se vendam, (preços de mercado para os entendidos). Vai perdendo clientes com o tempo, pois há coisas que não tem à venda e eles querem, isso baixa os seus lucros. Passado um tempo, no telejornal, sabe que lhe vão aumentar os impostos e algumas taxas. Passa a ter dificuldade em pagar aquele crédito que tem e começa a ouvir que o outro comerciante ali ao pé já fechou. Uns meses depois vê manifestações na TV contra o Governo, contra o desemprego e a falta de produtos no mercado. Um ano e meio depois vai ouvir nos telejornais que a moeda do seu país desvalorizou e isso está ja a criar inflação em tudo e mais alguma coisa.

A realidade é assim!

PensaCM

CAMPANHAS POLÍTICAS



  A campanha política é um intervalo de tempo em que os políticos tentam demonstrar que os outros não servem para a população alvo.

Como o fazem: apontando todos os erros e podres do adversário, as políticas que não funcionaram e empolando o que não presta no adversário, tornando-o ridículo, por exemplo veja-se o que o Trump dizia e fazia com os adversários.

Falar mal dos outros não significa que sejamos melhores ou tão bons sequer como eles, significa que temos uma conversa que é eficaz a deitar o outro abaixo, nada mais.

Apresentar programas políticos e soluções possíveis e aplicáveis aquela realidade, isso sim é fazer campanha política e essa deveria ser a única forma permitida para campanhas políticas. Quem só diz mal dos outros e não fala do seu programa e nem tem soluções, sai fora, é desqualificado da campanha. Era assim que deveria ser ! Para limpar a areia que atiram aos olhos do cidadão.

A argumentação inútil é como o excesso de CO2 só aquece o que deve ficar frio e estraga o ambiente.

PensaCM

MILEINISMO

 




Milei ganhou as eleições na Argentina por cerca de 12 % de diferença relativamente a Massa, isto passou-se ontem, domingo 19 de novembro de 2023 no século XXI.

Massa tem distribuído massa (dinheiro) ao pessoal de modo a mitigar a sua alegada falta de condições para viver, tem criado emprego na função pública para manter a burocracia complicada do Estado e assim manter aquelas famílias com sustento, tem dado acesso gratuito a estes e aqueles mas como é que criando todo este emprego e subsídios a inflação subiu aos 143 % e continua a subir?

A inflação diz-nos sempre que há excesso de procura para a oferta de bens disponíveis, pois se não houver excesso de procura os preços não vão subir, pois o que está disponível tem de escoar.

Não interessa se o comerciante sobe os preços do nada ou se a procura é excessiva, os dois provocam a mesma inflação, mas se as coisas não saírem das prateleiras, das lojas, porque não estão a ser vendidas, os preços não vão subir e não haverá inflação.

Formas de evitar a inflação são: havendo dinheiro disponível, não comprar as coisas e ficar com o dinheiro como poupança ou então não haver dinheiro para comprar aquelas coisas e passarem a ficar nas prateleiras.

Formas de criar inflação: dar dinheiro aos consumidores e simultaneamente haver escassez de bens ou então subir os preços do nada mas as pessoas continuam a comprar as mesmas coisas que compravam.

Claro que a inflação não é culpada de nada mas sim uma consequência de uma má gestão ou conjuntura que influenciam o binómio procura/disponibilidade.

Se temos uma sociedade que só pensa em criar emprego e não em gerar riqueza, pode-se criar uma situação em que um faz um buraco que não serve para nada sendo pago para isso e outro vem atrás e tapa esse buraco sendo também pago para isso, não tendo sido criado nada de útil (riqueza) para essa sociedade.

Pode-se também ter um exército de empregados a criar regras, leis e papeis difíceis de compreender e preencher para quem quiser gerar riqueza ter de passar por aquele esquema e quando for procurar mão de obra, esta está a viver à custa de subsídios que não os motivam a trabalhar nem são obrigados a isso, por outro lado os impostos a pagar são altos, logo o empreendedor, seja do carrinho de vendas na rua ou o empresário da grande empresa não tem interesse em andar a perder tempo com aquilo: o vendedor de carrinho passa a desempregado subsidiado e o grande empresário vai fazer fortuna ou não para outro lado com melhores condições.

Nesta situação o mercado negro passa a florescer e por isso continua a haver muita procura pelos bens que se vendem, gerando o aumento dos preços, pois existe dinheiro para tudo aquilo que está exposto e ainda mais, se não não se vendiam.

É o que se passa nestas economias da tanga em que os políticos têm uma linda conversa mas não sabem gerir países, só sabem mafiar economias.

Milei na sua conversa vem dizer isto e muito mais, só que se assume anarco capitalista. Anarquista politicamente é o ponteiro da democracia no batente da esquerda, mas quando se acrescenta capitalista sublinha-se que a liberdade também bate no máximo, só que isto não leva à igualdade de recursos, pois quem faz por isso pode ficar muito bem e quem não faz ou envereda por caminhos sem sucesso fica mal até encontrar o caminho, no entanto esta sociedade não motiva ao desleixo, ataca-o.

O cumprimento da lei/justiça leva a que o sucesso não venha do crime, desde que a lei seja do bem e se na prática houver regulamentação adequada e aplicada, então a malandrice e o ócio tende para zero e cada um vive no nível para o qual se esforça.

Agora, ser admirador de Trump e Bolsonáro já é mau do ponto de vista dos broncos que estes tipos foram na política e até nas suas vidas pessoais, mas eles nunca foram anarco capitalistas, são mais pro-bolso-capitalistas .

Vamos ver se o Milei sem Parlamento amigável consegue cumprir, mas o que é importante é poder tirá-lo do poder se for necessário, pois isso não criará preocupação a esta experiência social.

PensaCM

sábado, 18 de novembro de 2023

BULLING POLÍTICO


 Vivemos numa chamada democracia em que alguns têm mais direitos que outros, logo democracia não pode ser, será uma outra forma de cracia.

Os Partidos não são todos considerados igualmente dignos de Governar, há uns anos ninguém achava que o BE fosse alguma vez chegar ao poder, nem a comunicação social lhe dava muito tempo de antena, mantinha sempre uma distância considerada politicamente saudável, o BE era considerado o partido mais irresponsável que estava na Assembleia da República.

Depois o PS ficou em segundo lugar e aproveitou o facto do Passos do PSD não ter conseguido criar Governo para formar um com a maioria de esquerda que incluía o tal Partido irresponsável BE e também o temido PC.

Entretanto surgiu o Chega, um Partido com estratégias usadas no futebol em que usa os tempos de intervenção para expor em voz alta e com modos destruidores os podres todos que encontra nos outros Partidos, principalmente os do Governo. Esta atitude catapultou-o para o novo Partido irresponsável com quem ninguém quer fazer coligações e a quem a comunicação social não deixa acabar as respostas durante as entrevistas.

Entretanto o BE e o PC até entram em manifestações onde aparecem cartazes que apoiam as ideias de movimentos considerados terroristas por muitos mas não pelos presidentes da Turquia e do Irão, mas como estes Partidos já sustentaram um Governo a comunicação social dá-lhes cobertura.

No fundo a política dos adultos é como o comportamento dos miúdos na cresce: há sempre aquele que é sujeito a bulling depois consegue passar o bulling para outro e passa a ser aceite.


PensaCM

CONVERSA PARA ENTRETER

 


Vimos hoje o Eng. Ângelo Correia no telejornal a fazer uma ginástica fraseológica para tentar baralhar o que pode vir a ser uma coligação do Governo votado no próximo 10 de Março em Portugal.

Tentava dizer qualquer coisa para ocupar o seu tempo de intervenção mas mantendo aquela postura segura e convicta própria dele, no entanto assumia que o partido mais segregado na política portuguesa será certamente a terceira força política e que poderá chegar perto dos 20%, com o PS e o PSD a ficarem acima dos 20 mas abaixo dos 30%.

Então se os dois Partidos maiores PS e PSD não se conseguirem colar num Governo, como se vai conseguir formar um, mantendo a mentalidade racista partidária relativamente ao tal segregado e um altamente provável Secretário do PS com inclinações bloco/PC's mas nada querendo com o PSD?

A culpa do que aí vem é do ex comentador MRS/PR e em Portugal ao contrário de Espanha não há partidos independentistas visíveis para coligar.

A confusão vai ser grande ou então alguém terá de deixar de ser segregador relativamente ao tal partido que não se pode falar.

Dado o exposto, se o candidato a Secretário do PS fosse o Luís Carneiro, sem problemas de se colar ao PSD para formar Governo, então a formação do novo Governo ficaria muito mais fácil.

Agora se o partido mais segregado da política portuguesa tiver mais do que os 20 % e os do arco do Governo tiverem cada um somente mais 3 ou 4 % que ele, quero ver como fica o PR da decisão das eleições? Pois ele também é segregador do tal partido a que todos fazem bulling.

A hiperatividade acaba sempre a deixar em cheque o hiperativo.

PensaCM

PODERES

 


O poder é viciante, só quem nunca o teve é que acha não ter que ser assim.

O PGR investigou e atuou, o Primeiro Ministro saltou fora e diz que não faz mais política e aparentemente até tem razão, pois os membros do Governo escolhidos por ele atraiçoaram-no descaradamente sem grandes cuidados sequer em esconder o que estavam a fazer.

O PS tinha maioria Parlamentar e os votantes não votaram no Costa, mas sim no Partido: o boletim tinha o simbolo do partido e não a cara do Costa, logo dever-se -ia chegar ao fim da legislatura em Estado PS.

Os processos desenvolvidos pela PGR estão em segredo de justiça mas tudo vai passando cá para fora e ninguém consegue saber quem o faz? São atitudes da justiça muito estranhas, então não se consegue saber quem faz as fugas de informação?

Claro que o PS vai descer muito da maioria Parlamentar que tinha, o PSD também parece ir cair apreciavelmente relativamente à última votação, mas os extremos BE's e Chega vão subir bem, logo a formação do próximo Governo Português vai criar uma crise maior do que o que está.

Se todos sabem isso, principalmente o Presidente da República, porque decidiu fazer eleições no seguimento disto?

Esta malta não vê as sondagens?


PensaCM