Uma atividade que parece ter proliferado na Argentina é bloquear ruas para obrigar os Governos a tomar medidas benéficas para os que as bloqueiam.
O bloqueio envolve o uso de crianças à frente das manifestações, tipo Hamas, e a queima de pneus a uns metros à frente, depois dá para acampar na rua vários dias e quem quer passar com os seus veículos não pode, temos pena.
Esta é uma atividade que cheira muito a boicote e que facilmente leva a pensar em gangues de pressão. Por outro lado a queima de pneus é um tipo de combustão difícil de apagar, danifica o asfalto das ruas, é fortemente anti climático, prejudica a respiração dos habitantes da zona infestando-lhes as casas com aquele cheiro, enfim é um desprezo total pelos outros, sendo muito usado em países do Médio Oriente.
Então este novo Governo veio proclamar que bloquear ruas sem permissão prévia é proibido tal como diz a lei, é só cumpri-la.
Num daqueles breefings americanados diários para a imprensa, que o porta voz do Milei tem dado, um perguntador questionou o tal porta voz acerca da remoção da proibição de bloquear ruas, dado que não foram ouvidas as organizações que os costumam fazer nem o povo em geral. Esta pergunta é tipicamente de má fé mas a resposta foi que a lei é para se cumprir, ponto. Além disso a intervenção da polícia, para desbloquear alguma rua, será paga pela organização do evento, pois não é o povo argentino que terá de pagar os custos do comportamento ilegal de alguns.
Podem manifestar-se à vontade e até chamar nomes aos governantes, mas impor o bloqueio de vias de comunicação vitais e que são de todos, isso não.
É por isto que o Milei cortou para metade os Ministérios mas só para segurança tem dois, o da Segurança interna e o da Defesa contra ataques exteriores.
Assim vale a pena ter um Governo: as pessoas fazem o que querem mas se não cumprirem a lei e boicotarem a sociedade levam logo nas orelhas. Não é repressão, é anti chantagem.
PensaCM
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