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domingo, 25 de fevereiro de 2024

BALANÇAS DE GRANDE SUPERFÍCIE

 


Hoje fui fazer compras a um supermercado, daqueles a que se chamam grandes superfícies, situado numa cidade do interior do país e deparei-me com o preço dos queijos de cabra.

O queijo de cabra é considerado adequado para o consumo humano não gerando o nível de acumulação de colesterol que os queijos de vaca e de ovelha criam, por isso tento consumir pouco queijo mas quando o faço tento sempre que seja de cabra, além de que é mais saboroso.

Mas dizia eu que ao constatar o atual preço do queijo de cabra deparei-me com várias marcas em que umas tinham explícito o preço por quilo mas a marca que eu considero mais saborosa dentro daquele contesto tinha só o preço por unidade.

Trouxe um queijo do qual sabia o preço por quilo e trouxe outro do tal especialmente saboroso mas que só se sabia o preço unitário.

Na caixa de pagamento, por curiosidade e para saber qual o preço por quilo daquele queijo, pedi à menina da caixa que me pesasse aquele queijo,ao que ela me respondeu que a balança estava calibrada para vegetais e não dava um resultado correto para o queijo e se o queria fazer deveria ir a outra balança situada do outro lado do supermercado.

Fiquei espantado com a resposta e disse-lhe que todas as balanças têm de pesar o mesmo, ao que ela retorquiu repetidamente com o mesmo argumento, tendo demorado uns 5 minutos até que se dignasse pesar-me o queijo na "sua balança".

Quando compramos algo para comer devemos comparar o preço por quilo entre os mesmos produtos disponíveis e só assim é que sabemos se estamos a gastar mais ou menos por aquilo que levamos.

As lojas de venda são obrigadas a ter esse valor pelo menos nos produtos comestíveis, mas afixam-nos em letras pequeníssimas e ultimamente inventaram o preço unitário ou então embalagens com pesos estranhos como 400 g ou 350 g ou 650 g, de forma a ser difícil fazer a conta de cabeça para o quilo.

Esta abordagem da camuflagem do preço por quilo surgiu mais com o aumento do preço de certas frutas que subiram mais de 100 % nos últimos dois anos.

Quanto ao queijo de cabra nos supermercados rondava os 12 a 18 € / Kg e agora os mesmos saltaram para os 19 a 28 € / Kg.

Aproveitaram-se do consumidor continuar a comprá-los, pois alguns médicos aconselham-nos como alternativa aos de vaca ou de ovelha.

PensaCM

domingo, 18 de fevereiro de 2024

NARRATIVAS POLUIDORAS

 


A Galp e a EDP entram também na narrativa de ódio feita por políticos contra as grandes empresas poluidoras para justificar a implementação de mais um imposto, o do carbono.

Alguns partidos dão a consciência e mais 5 cêntimos por mais imposto a pagar pelos contribuintes para financiar qualquer coisa que no futuro assegure votos mamões.

A Galp tem uma só Refinaria três anos depois de ter fechado a segunda e vinte e muitos anos depois de ter fechado a primeira Refinaria construída em Portugal, logo é uma empresa que baixou enormemente as suas emissões tendo deixado a funcionar somente a sua Refinaria processualmente mais eficaz.

Qualquer Refinaria do mundo deve consumir menos de 2 % equivalente da sua matéria prima como energia necessária ao seu funcionamento e a Refinaria da Galp está abaixo desse consumo. Se não considerarmos a parte que vai para matéria prima de petroquímica, ficam mais de 75% da produção da Refinaria para ser consumidos pela sociedade na forma de gás, de gasolina, de gasóleo e de outras formas de combustível mais denso.

Se olharmos para a EDP, em 2020 fechou as suas unidades mais poluidoras que funcionavam a carvão. 

Daqui pergunta-se porque continua a ser esgrimada a narrativa de ódio contra as empresas consideradas mais poluidoras, mas no caso da Refinaria da Galp não é ela que emite mas sim os clientes consumidores finais. Quanto às centrais térmicas da EDP só funcionam porque existem consumidores que o justificam.

O ativista contra estas empresas não deixa de andar em veículos a combustíveis fósseis não deixa de fazer as suas viagens de férias de avião ou no cruzeiro de paquete assim como não deixa de ir à discoteca ou aos festivais altamente consumidores de eletricidade.

Afinal a emissão de CO2 com implicação no aumento da temperatura média está esmagadoramente no consumidor e não no produtor como a narrativa de ódio pseudo eco continua a apregoar.

Só me espanta porque estas empresas não vêm esclarecer publicamente os cidadãos e ficam calados perante estas narrativas mentirosas chupadoras de impostos.

PensaCM

LUCROS EXCESSIVOS

 



 A Galp em 2023 teve um volume de negócios de pouco mais de 20.1 mil milhões de euros, os quais geraram um lucro de pouco mais de 1 mil milhões de euros, o que é um negócio de (1/20.1)*100 = 5 % de lucro.

Um negócio que dá 5 % de lucro tem pouca rentabilidade, ou seja, se a Mariana dona de uma mercearia de rua tiver um lucro de 5 % nas suas vendas ao fim do ano, terá de fechar imediatamente o seu negócio pois não vai conseguir viver daquilo.

No caso da Galp não se compara com a mercearia de rua, pois tem milhares de donos, os acionistas, e só é um negócio lucrativo porque o volume de negócios é enorme e a gestão tem ter sovinice como princípio para que os custos de funcionamento do negócio não abafem as pequenas margens de lucro.

Assim, mais uma vez, vários partidos políticos vêm com narrativas de ódio contra os lucros extraordinários de empresas como a Galp mas nunca falam da margem deste tipo de negócio, pois são cínicos e sabem que as audiências não costumam fazer contas, ouvem e assimilam.

De qualquer modo todos sabemos que os combustíveis têm estado caros, mas o mercado de preços baseia-se no contesto do mercado entre a produção e o consumo. Mas claro que se o consumo baixasse apreciavelmente, o preço dos combustíveis teria de baixar obrigatoriamente, no entanto as viagens de férias de quem tem poder de compra para isso, não param, nem o consumo de produtos evitáveis vindo de longe por navios.

Por outro lado é nestas empresas grandes onde mais direitos os trabalhadores (colaboradores) conseguem ter.

NB: colaborador é um conceito diferente de trabalhador, pois este último nem sempre assume a colaboração com a empresa.

PensaCM

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

DOGMA DO PREÇO DAS CASAS

 


A habitação está muito cara em Portugal, os partidos políticos que não estiveram na Governação dos últimos anos atiram com este facto à cara do partido do Governo e para o público em geral, como forma de propaganda política.

Vemos que em Lisboa, Porto e cidades maiores o preço por metro quadrado de apartamento facilmente ultrapassa os 3000 € em zonas melhores e em construções com melhores acabamentos e utilidades, mas se formos para o interior esse valor baixa facilmente para 1/10 desse valor ou até menos, considerando casas bem construídas e por vezes com acabamentos melhores.

Então o que significa isto ?

Significa que quem quer viver na capital super-explorada ou numa grande cidade cobiçada por muitos tem de pagar muito mais e quem tem iniciativa para poder fazer a sua vida mais barata e mais calma vive nas zonas mais provincianas e rurais, longe da contaminação fácil dos transportes públicos atafulhados de gente que não conhecemos de lado nenhum.

Num ambiente de pequena cidade ou até aldeia do interior: temos internet, temos estradas, temos rios e albufeiras, tem-se acesso a água, podemos cultivar parte ou a totalidade da nossa refeição, normalmente não temos gangues a roubar-nos, nem filas intermináveis para ir à praia ou a concertos ensurdecedores, também têm oficinas para as manutenções automóveis e não se vive cheio de medo e stress.

Dado o exposto, porque é que os políticos insistem no preço das habitações das grandes cidades ?

Esses preços são já um aviso de que ali é proibitivo viver, só dá para os mais extravagantes, para aqueles que vivem depressa e de forma desequilibrada, carne para a economia.

E ainda têm a lata de avançar soluções como congelar preços da habitação ou insistir em pôr o Estado a construir em grande escala nas tais cidades caras para meter lá alguns cidadãos a viver barato e tudo à custa do pagador de impostos: uns beneficiariam  do que todos pagariam.

PensaCM

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS E MARTE

 


Atualmente andamos muito alterados com os records de temperaturas, chuvas exageradas e secas prolongadas na terra, gastam-se biliões para compensar a situação e multiplicam-se as histórias do que pode acontecer à humanidade se a temperatura média subir 2º C.

Apesar destas situações climáticas se fazerem sentir de uma forma mais forte em certas zonas, as pessoas continuam a insistir viver lá e continuam a ter filhos como se nada se passasse.

Em paralelo com este pânico da alteração da temperatura média de 2 ºC andam milhões de humanos todos entusiasmados em fazer uma colónia em Marte.

Sabendo que Marte fica a mais de 60 milhões de quilómetros da Terra, que tem um terço da gravidade terrestre, a atmosfera é 100 vezes mais rarefeita e tem uma composição não respirável, a radiação solar não tem o filtro ultravioleta da nossa camada de ozono, não tem nutrientes, os recursos minerais são uma dúvida e a temperatura na superfície do planeta à noite é dezenas de graus mais baixa que na Terra e de dia toca nos 20 ºC no máximo e fora das zonas polares.

Perante estes dados só podemos concluir que andam a gozar conosco: então na Terra 2 ºC na temperatura média é uma alteração brutal que afetará drasticamente a humanidade e que provocará custos absurdos e vamos meter-nos numa situação muito mais complicada e mega dispendiosa com a desculpa de fugirmos das alterações na Terra ?

PensaCM