OS DIFERENTES RITMOS DE VIDA

O indivíduo apaixona-se e casa, depois tem filhos e chega um dia que fica perante o dilema:
divorcio-me ou mantenho a relação?
O sujeito criou uma família com vários filhos eventualmente, tem bens comprados em comum, tem amizades engraçadas em comum, partilha ou partilhou intimidades que o fizeram sentir-se bem!
Tenta manter a situação, aplica uma boa dose de compreensão, mas passado pouco tempo repara que a parte podre da relação continua e até parece ter piorado!
- Continuo ou separo?
Pensa ele.
Mais um esforço... Estamos em crise... Isto está mal par todos...Os amigos queixam-se de situações idênticas!
A coisa continua a complicar-se e o indivíduo sente-se a viver numa relação apodrecida já só com pedaços cada vez menores de relação saudável, o stress sentimental vai-se instalando e...
Um dia sem querer apaixona-se! Mas ainda tem a sua relação podre...

Biologic time a que podemos chamar tempo biológico tem uma realidade diferente dos contratos sociais, pois é muito mais flexível do que os referidos contratos: mesmo quando se tem um contrato social de constituição de família a realidade bioquímica pode entrar em desfasamento com os contratos assinados de exclusividade de parceiro.

Então a pessoa está apaixonada à sua frente e tem atrás uma relação degenerada como compromisso a manter, mas também está mergulhada em stress emocional o que valoriza mais as boas situações que passaram a ser raras.
O agora apaixonado enfrenta a sua melhor realidade e emocionalmente começa a valorizá-la mais do que a parte emocional degradada que vem arrastando penosamente consigo: cede à paixão e abandona-se a esse sentimento pouco lógico em termos de QI, mas muito homeostático dos pontos de vista da saúde mental e do QE (Queficiente Emocional).
SE a sua religião ou outro conceito social conservativo tiver muita força dentro dele, então toma a sua nova relação como duplicada da outra podre e passa a arrastar a podridão consigo indo mais tarde constatar que tem as duas relações contaminadas.
Pode ainda ser um verdadeiro estóico e não criar mais nenhuma alternativa à invasão da podridão da sua relação, passando a ter problemas de insónias, mal funcionamento do cerebro e concomitantemente de outros orgãos, passa a apanhar doenças com mais facilidade, vai constatando o aumento numérico dos cabelos brancos e do enfraquecimento dos mesmos precocemente, acabando a envelhecer permaturamente e a perder o tesão de viver.
Conclusão:
O ritmo dos contratos sociais é diferente do ritmo emocional da pessoa.

NB: O que se divorciou ou separou passou a ter uma parte da história da sua vida que se tornou passado, mas continua a viver feliz, pelo menos adiou o inferno...
PensaCM