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terça-feira, 18 de novembro de 2014

O CULTO DA VIRGINDADE OU O DIREITO À ECONOMIA DO CORPO


A virgindade já não é um atributo certificado de ausência de relações sexuais no passado daquela vagina, pois um médico indiano inventou uma cirurgia nos anos 80 do século passado que permitiu repor o íman da virgindade a toda a mulher que já não o possuísse.
De então para cá esse tipo de cirurgia tem sido um sucesso e fonte de grandes lucros para os cirurgiões que a praticam.
A tecnologia humana tem uma velocidade muito superior aos costumes e até à legislação, como tal o costume da verificação da virgindade das meninas ou jovens aspirantes a mulheres de família ou a certas posições sociais ainda é praticado em sociedades consideradas conservadoras, em contraste com as entrevistas para actrizes eróticas ou pornográficas, existentes nas sociedades consideradas mais avançadas, onde têm de provar que estão à vontade nuas perante estranhos e que conseguem ser penetradas por objetos ou membros eréteis de estranhos sem terem qualquer tipo de pudor.
Por outro lado as sociedades mais púdicas que cultivam a virgindade são as que têm maior índice de aumento populacional indígena e as sociedades mais despudorizadas são as que menos crescem populacionalmente e andam a angariar imigrantes das sociedades mais púdicas para o seu sistema económico funcionar.
Afinal se quisermos ter bom senso por que ideias devemos reger-nos ? Pela ideia pudica da virgindade da jovem que se candidata a mulher de família ou a funcionária pública ou pela ideia de não ligar nenhuma à virgindade das mulheres e encará-las como seres vaginalmente abertas a todos os pénis que quiserem ?
Depois desta questão resolvida teremos de pensar qual a nossa versão da sociedade: uma sociedade em que o homem impõe a virgindade da mulher até constituir família ou uma sociedade em que a mulher diversifica as suas relações sexuais ao nível que entender.
Depois de mais este assunto tratado teremos de pensar nos conceitos de prostituição e exploração sexual da mulher: devemos condenar pura e simplesmente a prostituição ou devemos encará-la como mais uma profissão como outra qualquer e neste último caso aceitar as associações empresariais com gestores a impor objetivos, será aceitável ou não ?
No caso da profissão de actriz pornográfica vamos encará-la como uma profissão como outra qualquer ou condenamo-la ? No caso de ser uma profissão como outra qualquer o facto de haver objetivos a cumprir é aceitável ?
Se a prostituição e a pornografia forem encaradas como atividades económicas normais, fará sentido termos instituições nacionais ou internacionais a resgatar mulheres destas atividades quando estão ligadas a grupos económicos ? E se esses grupos tiverem outras atividades que são consideradas crimes, assim já faz diferença ? No fundo estão a gerar emprego e uma fonte de rendimento a estas mulheres !
Perante estes dilemas todos encadeados o que seria considerado prostituição ? Uma mulher que tivesse relações com mais de um homem ou com mais de 50 homens ? Ou contaria mais o intervalo de tempo que passasse entre as relações que tivesse com dois homens diferentes ?
Uma actriz pornográfica seria considerada prostituta ou o facto de ter relações só com aqueles 20 actores durante alguns anos isso não seria considerado prostituição mas sim negócio, como dizem os americanos ?
Uma prostituta seria aquela que teria relações em troca de dinheiro ou bens, ou aquelas mulheres que vivem à custa dos namorados ou maridos também seriam consideradas como tal ?
Será que aquelas que ficassem virgens até aos trinta seriam considerados casos psiquiátricos de desenquadramento social ?
CONCLUSÃO
Já não sei o que pensar !
 

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