A revista Time elegeu como figuras do ano os voluntários e
os profissionais de saúde que ajudam a combater e tentam evitar que morram os
infetados pelo vírus Ébola.
Na realidade combater num exército contra outro no campo de
batalha, um inimigo bem definido e confinado a um espaço, pode gerar heroísmo
quando se evita que morram companheiros de armas. No caso de combater um grupo
ou pequeno exército disperso e escondido de terroristas gera por vezes mais
heroísmo que no campo de batalha, embora muito menos reconhecimento, mas quando
o inimigo é um vírus virulento como o Ébola, quem o ajuda a combater no terreno
é um verdadeiro herói, pois está a combater o quase desconhecido, não o vendo e
qualquer descuido mata o combatente ou mexilhão (aquele que mexe com a coisa).A revista Time parece-me que esteve muito bem ao considerar estas personagens anti flagelo virulento como figuras do ano 2014.
NB: terrorista é aquele que combate os interesses de alguns defendendo
os interesses de outros, não se expondo em campo de batalha definido nem usando
um conjunto de guerreiros reconhecíveis pelo inimigo. Independentemente de
poder ser justo ou não.
Carlos Martins
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