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segunda-feira, 6 de abril de 2015

NUTRIR BEM OU CURAR ?

Os médicos portugueses não têm dado importância à cadeira de nutrição que existe no seu curriculum universitário: como é optativa não costuma ter quase nenhum estudante de medicina a optar por ela.
Quando vamos a um médico ele normalmente faz jus de curar os nossos males, só que há males muitas vezes difusos que se podem curar especificamente usando um fármaco, no qual foram gastos milhões por uma farmacêutica para o desenvolver ou então existe uma outra solução mais dependente dos hábitos de consumo do paciente, pela qual o médico geralmente não arrisca em optar.
No caso do colesterol excessivo começar a repetir-se nas análises, os nossos médicos deixam-se de considerações e optam pela receita diária do fármaco que o vai manter controlado, mesmo que o paciente abuse na sua alimentação.
A alimentação humana é um conjunto de plantas, animais e fungos que comemos geralmente de uma forma saborosa e que nos enchem o suficiente para não termos fome nas próximas três horas, mas que não é garantido que nos nutra em função das nossas necessidades fisiológicas.
A nutrição já é um conceito ligado a uma especialidade científica e debruça-se sobre os constituintes que devemos ingerir diariamente e na dose adequada de modo a assegurar o funcionamento correto do nosso organismo no sentido de envelhecer o mais tardiamente possível e de o manter em forma, tudo isto independentemente de ficarmos ou não com sensação de fome.
Verificamos que o envelhecimento atual está muito padronizado, começando muitas vezes a ser acentuado quando as pessoas ainda têm 40 anos, fenómeno que não acontecia há umas décadas atrás. Nos dias que correm tudo o que é detetado como doença ou disfunção tem logo um fármaco milagroso que resolve o problema, sem que haja a preocupação de analisar previamente o contexto: é nesta perspetiva que o médico de hoje não liga muito à nutrição do paciente, sendo simultaneamente um mago que lhe resolve as maleitas todas na hora com recurso à farmacêutica, a ciência das drogas curadoras.
Outra abordagem interessante começou a ser o facto de se falar mal do suplemento alimentar relativamente à ingestão de produtos frescos, mas não explicar qual a diferença de tomar o suplemento aprisionado ou comprimido numa cápsula ou a partir do animal ou da planta de onde é extraído, nem se referem as várias formas de extração/purificação que por vezes fazem toda a diferença, sendo todos os métodos tratados da mesma forma.
Resultado: todos continuam a comer ovos amarelo desbotado sem sabor e a maça que sabe a água, a pera que nem a casca sabe a nada, etc, mas a pensarem que estão a comer um produto fresco, natural e nutritivo, mas a ficarem com a vista cansada aos 40, a terem colesterol elevado a partir dos 38, diabetes a partir dos 50 e falta de tesão em função da idade em que começaram a tomar viagra.
PensaCM

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