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terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A DIMINUIÇÃO DOS IMPOSTOS

Ao chegármos ao fim do mês e constatármos que vamos receber mais dinheiro líquido embora não tenhamos nenhum prémio adicional ou qualquer outra alteração na remuneração, significa que os impostos descontados mensalmente diminuíram e que ficámos com mais dinheiro no bolso.
Se a partir dos mesmos valores de remuneração bruta passámos a ter mais dinheiro no bolso, significa que o dinheiro arrecadado pelo Estado na forma de impostos diminui no imediato: parece mau do ponto de vista das contas do Estado.
Se o cidadão passa a ter mais dinheiro no bolso e se não for escondê-lo em casa, mas o for depositar no banco esse dinheiro a mais vai fazer gerar mais empréstimos desse banco, é útil para as finanças do Estado se os impostos cobrados por esses empréstimos for igual aos impostos que cobravam pelo ordenado do cidadão, mas se os investimentos pagarem menos impostos do que o cidadão pagava então o Estado arrecada menos e só ganha a economia privada, contribuindo mesmo assim para gerar negócios e emprego.
Se o cidadão for fazer compras com o dinheiro que recebeu a mais, os impostos que o Estado vai arrecadar serão iguais se as atividades económicas em que dispende o dinheiro pagarem o mesmo percentual de impostos que o cidadão pagava, caso essas atividades económicas paguem uma menor percentagem de impostos o Estado arrecada menos.
Estes raciocínios simples pretendem provar que
1. Se o dinheiro estiver do lado do imposto estatal não gera atividade económica logo não contribui para o aumento do PIB, só serve para suportar o Orçamento do Estado,
2. se o dinheiro antes de ser cobrado andar às voltas pelos vários setores económicos, então gera atividade económica geralmente acompanhada de emprego, o que contribui para o aumento do PIB,
3. se as atividades económicas forem todas taxadas com o mesmo percentual pelo Estado, então o dinheiro enquanto anda a circular pela economia e antes de chegar ao Estado na forma de imposto gera aumento do PIB.
4. diferenciadamente as várias atividades económicas geram menos receitas para o Estado sempre que os impostos do trabalhador diminuirem.
5. Pagar remunerações baixas dificulta a vida dos trabalhadores que as recebem, prejudica o PIB deste país, dificulta o pagamento da dívida, mas aumenta os rendimentos dos investidores que geralmente são estrangeiros e ainda aumenta o consumo de bens de luxo importados.
Por outro lado a ansiedade provocada no cidadão com sorteios ligados ao pagamento de impostos diminui o mercado negro que anda associado à perda de cobrança pelo Estado entre o que recebemos e a cobrança do imposto sobre o que comprámos.
PensaCM

sábado, 19 de dezembro de 2015

O ENTENDIMENTO GLOBAL DO GRAU E MEIO

Os 195 países que se entenderam para chegar a um acordo que limita o aumento de temperatura média global a um grau e meio acima da temperatura média antes da era industrial: o americano chorou, o chinês riu, só felicidade pelo acordo que diz ser cada país a definir a forma de fazer cumprir este grau e meio.
Os americanos vieram logo dizer que foi a liderança deles que levou ao acordo, outros disseram que sem eles não se chegava lá, mas não assumem que a globalização da procura constante da riqueza superior aos outros e através do uso dos recursos facilmente acessíveis e essa, foi a origem desta coisa.
O grau e meio já é muito mas quando se pensa em colonizar Marte que tem muitas dezenas de graus ou até mais que uma centena de graus acima e abaixo da temperatura média da Terra, ficamos a pensar quem é que afinal está a brincar.
Estou sempre a dizer isto: o problema principal não é um aumento de temperatura global mas os poluentes que as queimas libertam para o mesmo ar que todos respirarmos e essa preocupação inclui sem pensarmos nisso o aumento da temperatura mas não exclui os poluentes agregados.
É esta mentalidade do imediato aumento da temperatura média que nos deve preocupar, pois pensar assim é deixar a porta aberta para os que vêm a seguir levarem com os poluentes que não contribuem para o grau e meio.
PensaCM
 

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

OS CONSUMOS DE GASÓLEO E GASOLINA A ESTABILIZAREM


As estimativas do consumo de gasóleo e gasolina apontam para uma estabilização dos seus consumos mundiais a partir de 2017 com uma compensação no aumento do consumo de energia para o lado do gás e da eletricidade, onde estão incluídas as energias renováveis.
O que se constata é que esta baixa do preço do gasóleo e da gasolina que parece estar para durar, poderá ser um sitoma do início das ditas estimativas, pois a Toyota e a BMW já andam a lançar notícias de que poderão abandonar os motores a combustão interna e passar para as forças motrizes elétricas.
Já existem testes para se poderem carregar as baterias de veículos elétricos em andamento, assumindo a rota numa faixa de estrada preparada para esse fim: a impor-se esta tecnologia de carregamento das baterias, os tempos de enchimento dos depósitos passariam a ser necessidades arcaicas se conjugados com maiores capacidades de carga das baterias dos elétricos.
Se a espetativa de andar na estrada passar rapidamente do consumo do combustível fóssil para o consumo elétrico, a baixa consistente dos preços dos combustíveis fósseis passa a fazer sentido e estar alinhada com o aumento da produção de crude pela Arábia Saudita para manter os preços baixos, o que parece uma contradição, pois eles ganham muito mais com o preço alto do que com o preço baixo e só o costumam baixar quando pressionados pelo ocidente.
Por outro lado o preço baixo do barril subsidia indiretamente menos os radicalismos e baixa a importância estratégica dos países produtores de combustíveis fósseis, aumentando a importância de quem dominar a produção de baterias e as novas tecnologias elétricas aplicadas a veículos, incluindo os pesados.
Poderemos vir a passar por um desenvolvimento de países africanos que poderão transitoriamente usar a tecnologia decadente dos motores de combustão a um preço acessível vinda dos países desenvolvidos já eletrificados.
Advinhariam-se assim falências e desemprego na indústria dos fósseis líquidos e gasosos e um aumento no mercado de empregos ligados à nova tecnologia elétrica que promete ser mais democrática quanto às suas fontes, logo mais distribuidora de riqueza.
Será que vai ser assim ?
O comportamento da Arábia Saudita aponta para isso!
PensaCM

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

MIGRANTES E PCBE'S

As reações que os partidos da ala direita do parlamento português têm tido contra a introdução das influências do PCP e do BE não está alinhado com a permissividade do país a migrantes de sociedades totalmente estranhas ao mesmo e que foram perfeitamente aceites por eles enquanto Governo.
Em Portugal em 2004 existiam cerca de 35 000 islâmicos e é difícil encontrar dados sobre o seu número atual que poderá ser o dobro, o triplo ou mais, se eles duplicarem o seu número cada 25 anos só pelo facto de terem bastantes filhos, daqui a 25 anos seríam cerca de 200 000, mais os que entretanto irão chegar, o que daria mais de 150 000 votos num hipotético partido luso islâmico, sendo este valor cerca de 1.5 % dos eleitores que se poderiam coligar com um partido que fosse governar este país, então qual seria a reação dos partidos que estão agora na oposição ?
Há coerência entre ostracizar o BE e o PCP da influência governativa e aceitar migrantes que amanhã contribuirão com parâmetros políticos muito mais estranhos que os do BE e PCP ?
As contas apresentadas são muito simplistas e não mostram a dimensão da futura dimensão política, pois esta terá muito mais expressão do que aqui é mencionado.
A atual incoerência na gestão das governações terá uma expressão prática cada vez mais rápida e mostrará como a distribuição da riqueza e do crime ficarão insustentáveis perante os parâmetros atuais.
PensaCM

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

A CARIDADE E A DISTRIBUIÇÃO DE RIQUEZA

A caridade é um fenómeno que surge no seguimento da má distribuição da riqueza e neste aspeto as teorias de esquerda têm razão: só é necessário dar a quem nada ou quase nada tem porque o sistema social em que se insere o desgraçado não toma conta dele.
Neste aspeto, este tipo de sistema social não passa de um sistema semi velvagem em que os mais aptos para gerar rendimentos trocáveis, com enfase no dinheiro, dominam a sociedade deixando os menos aptos na geração de riqueza ao abandono.
Tem de se notar que a capacidade de gerar riqueza não está diretamente relacionada com o valor em conhecimento ou o valor social que o indivíduo tem, pois o livre pensador ou o criativo muitas vezes concebe os sistemas que irão dar a ganhar muito dinheiro aos oportunistas que sabem obter rendimentos facilmente no sistema em que vivem e o criador nada obtem disso.
Esta problemática, no entanto, não é assim tão simplista, pois o sistema social está criado de tal forma que o indivíduo não tem alternativa a poder viver sem estar integrado no sistema de geração de riqueza vigente, pois se quiser viver da natureza e não quiser trabalhar para nenhuma organização, já passa a ser considerado marginal e sem enquadramento legal.
Deste modo, o sistema social vigente impõe as regras da vida que cada um terá de cumprir, sendo que nos regimes socialistas a pessoa pode passar mal devido ao sistema funcionar mal em si mas terá sempre algum apoio, não deixando o indivíduo ao abandono da caridade de cariz capitalista.
A caridade que agora se chama voluntariado está na moda e até fica mal não a praticar, as empresas quase que usam essa prática para avaliar o seu funcionário: dar a quem está desmpregado, a quem é jovem institucionalizado, a quem é velho e não consegue viver com a sua reforma ou nem sequer a tem e a ainda ajudar populações de países longínquos. Já a reindivicação sobre uma melhor distribuição da riqueza da parte de quem trabalha é considerado subversão e barreira ao desenvolvimento económico.
Dos sistemas sociais vigentes nem sempre os chamados socialistas são os que mais pensam nas pessoas, porque não é o nome que faz o regime mas as práticas da distribuição efetiva da riqueza e a preocupação real das leis com o cidadão comum e não com alguns cidadãos.
A distribuição da riqueza continua a parecer uma tempestade de areia no Sahara: há tanta areia no ar que não se consegue ver nada a mais de um palmo do nariz.
PensaCM