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sábado, 19 de agosto de 2017

A ESCRAVATURA PARA QUEM NÃO SABE HISTÓRIA


"A vergonha do Triângulo da Escravatura:

É necessário repor esta verdade histórica: Não foram os Portugueses, nem outros "europeus", nem os árabes muçulmanos, que inventaram a escravatura em África, em geral, e muito menos em Moçambique.

Em África, milhares de anos antes de qualquer europeu, ou árabe muçulmano, lá ter posto os pés, já o negócio de escravos florescia não só no norte (Marrocos, Argélia, Tunísia, Egito, Somália, Etiópia, etc ) como no centro e no sul, sobretudo entre o Senegal e o Norte de Angola, criado por régulos e chefes nativos, com os seus negreiros e contratadores, sendo os escravos normalmente obtidos através de guerras étnicas, assaltos a clãs vizinhos ou como punição por crimes de que eram, por vezes falsamente acusados de ter cometido.

Inicialmente Moçambique tinha a capital na lha de Moçambique, um centro importante cultural e de comércio, incluindo o negócio da escravatura, nas mãos dos árabes muçulmanos, de conluio com indígenas locais, e ao qual os portugueses posteriormente se associaram.

É conhecido, por exemplo, que os Lomuès (Macuas) de Moçambique, nos tempos idos, praticaram a escravatura em larga escala e que quando um chefe morria, com este eram enterrados escravos ou crianças vivas.

É raramente apontado que a pobreza extrema em que muitos africanos viviam nesses tempos chegava ao ponto de os compelir para a escravatura voluntária, já que tinham assim assegurada a sua sobrevivência, a um preço desumanamente elevado.

É igualmente pouco conhecido que outro motivo de escravatura resultava de alguns africanos ao pedirem empréstimos a senhores poderosos da sua área, fosse lá do que fosse, geralmente davam como penhora a mulher e os filhos.
Se pudessem pagar o empréstimo, tudo bem, se não... as mulheres e os filhos passavam a escravos."

Dado o exposto e verificando-se que os locais do mundo onde ainda há mais escravatura nos nossos dias é o continente africano, continuo a não entender a raiva de uma camada de afro americanos que se tem espalhado pelo mundo fora contra os indivíduos de origem europeia, por terem escravizado os seus antepassados.
Deviam em primeiro lugar ir pedir contas aos que ainda o fazem e aos descendentes dos originais africanos que ganharam bastante com isso e que estiveram na fonte desse comércio.
Mas os descendentes dos europeus com a sua eterna culpa judaico cristã que cobre tudo são os mais assediados desses atos inumanos, sendo constantemente chantageados por serem quem vai contribuindo financeiramente para essas reivindicações.
Os portugueses foram escravizados pelos romanos, os ascendentes dos romanos já tinham sido escravizados pelos gregos e por aí fora.
Os chineses escravizam outros chineses, o DAESH escraviza muitas mulheres para satisfazerem os seus jiadistas e não se vê ninguém com uma raiva coletiva contra os seus escravizadores do passado como se vê em certos afro americanos, transmitindo essa ideia de contestação e culpabilização a toda uma comunidade africana que se instalou em países europeus por vontade própria e já depois dos seus países de origem serem independentes.
É cada vez mais importante que a mistura exponencial de culturas seja acompanhada por uma convivência exponencialmente pacífica, não havendo espaço para ressabiamentos do passado, caso contrário os locais do mundo mais cosmopolitas serão as palestinas no futuro.
PensaCM

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