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terça-feira, 9 de abril de 2019

CORTE NO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO


Nos últimos dias apareceu a notícia que falava em corte no subsídio de desemprego a cerca de 4000 pessoas.
Porque foi cortado o subsídio de desemprego a 4000 pessoas que não alteraram as suas condições para o receber?
A resposta direta é que as pessoas não compareceram nos Centros de Desemprego a que estavam agregadas e recusaram-se a fazer formações a que estavam obrigadas pela situação de subsidiados.
Cerca de 10 % deles reclamaram dizendo que não compareceram porque não receberam o aviso para tal pelo correio, depois na análise seguinte diz-se que os CTT têm tido muitas falhas na distribuição do correio, o que estou de acordo e muita gente que conheço também, a seguir recomenda-se aos Centros de Emprego que enviem os avisos por mail dado ser mais garantido.
Ficamos assim a saber que o serviço público piorou a nível da comunicação tradicional desde que os CTT foram privatizados e que os desempregados, dependentes de subsídios que são geridos por centros urbanos, devem avisar as pessoas por mail.
Temos de saber se o desempregado típico costuma ser pessoa que consulta um mail e tem acesso a internet na sua casa.
Será que o desempregado subsidiado é mais comum em zonas urbanas com net ou em zonas rurais onde nem sempre há net?
O desempregado de longa duração que sempre teve ordenados perto do mínimo e com formação parca, terá um computador com net, sendoeste um investimento de largas centenas de euros, no mínimo, e uma prestação mensal a ser paga por um subsídio de parcas centenas de euros que agora recebe?
Quem faz estas análises são pessoas urbanas que pensam que todo o país está coberto por net e que todos os desempregados têm net e PC. Faz lembrar aqueles empregadores que querem que o empregado use o seu carro próprio para o trabalho e que pague do bolso o combustível à cabeça e use o seu telemóvel e o seu PC como ferramentas de trabalho!
Chegámos a isto que se resume em gozar com as pessoas que não têm iniciativa mas que necessitam de emprego e têm de trabalhar para os outros para ganhar a vida.
Para isso qualquer um usando os recursos dos outros cria uma empresa e depois até paga ao empregado uma fracção do lucro que este já gera à cabeça e depois chama-lhe comissão.

PensaCM

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