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sexta-feira, 31 de julho de 2020

HIDROGÉNIO, A OPÇÃO


 A C€ depois da primeira vaga de covid 19 apontou as baterias para o hidrogénio como o combustível do futuro, livre de CO2 e Portugal vendo a panóplia de subsídios que isso pode trazer chegou-se logo à frente.
O Governo Português alinhado com a C€ quer implementar o uso do chamado hidrogénio verde.
O hidrogénio que anda por aí é uma molécula biatómica constituída pelos átomos mais pequenos e simples do universo, tendo três apresentações (isótopos).
O hidrogénio que anda por aí é praticamente todo constituído por próteo ou seja, o núcleo tem um só protão. Pode-se ainda encontrar na natureza o deutério cujo núcleo tem um protão e um neutrão. Ainda mais raro é o títrio com o núcleo constituído por um protão e dois neutrões, sendo uma forma radioativa do hidrogénio com um tempo de semi vida um pouco acima dos 13 anos. A água que contem títrio na sua composição chama-se água pesada.
Assim temos que o isótopo de hidrogénio mais comum na natureza é três vezes mais leve que o mais pesado (títrio).
Este elemento da tabela periódica é quimicamente o combustível com mais poder calorífico que se conhece 28 700 Kcal/Kg o que é quase 3 vezes mais que o poder calorífico da gasolina.
Um combustível tem mais poder calorífico quanto maior relação tiver de hidrogénio relativamente ao número de carbonos na sua molécula é por isso que o hidrogénio, não possuindo carbono, é o melhor combustível por unidade de massa sendo melhor que o gás natural, este melhor que o propano e o butano e estes melhores que a gasolina e esta melhor que o gasóleo.
Assim já se percebe porque os ambientalistas combatem mais o gasóleo que a gasolina e são mais adeptos do gás natural do que aquela e finalmente querem que o mundo se mecha a hidrogénio.
Os problemas do hidrogénio:
  1. é constituído por moléculas muito pequenas infiltrando-se nas paredes metálicas dos depósitos se estas não forem suficientemente densas,
  2. tem a densidade mais baixa,
  3. tem a temperatura de liquefação mais baixa  -253 ºC
  4. tem a temperatura de solidificação mais baixa -259 ºC
  5. tem a temperatura de auto ignição mais alta 560 ºC
Dado o exposto os problemas técnicos a resolver na manipulação do hidrogénio são:
  1. depósitos feitos de materiais que não permitam a migração molecular através das suas paredes,
  2. como a sua densidade é muito baixa mas o poder calorífico é o melhor por unidade de massa, são necessárias pressões elevadas para conter massa suficiente para ter autonomia de consumo,
  3. para o transportar na forma líquida são mecessárias temperaturas mais baixas que o normal, embora o facto de o ter armazenado a pressões elevadas diminua a necessidade das temperaturas serem tão baixas,
  4. é explosivo mas a temperatura de auto ignição é centenas de graus acima do que os combustíveis a que estamos acostumados, além disso as fugas de hidrogénio tornam-se imediatamente gasosas subindo na atmosfera e nunca se acumulando no chão, logo as explosões tendem a ser lá para cima e não ao nível do solo.

É neste contexto que há alguns entendidos que não gostam do hidrogénio, mas principalmente porque ainda é mais cara a sua produção do que a dos combustíveris fósseis, embora a tendência seja ficar mais barata, no entanto não consideram que a tecnologia verde agregada à sua produção é muito mais simples que a da refinação dos combustíveis fósseis.
A forma de produzir hidrogénio verde é simplesmente através da elétrolise da água: eletricidade que chega a dois elétrodos mergulhados que libertam hidrogénio num e oxigénio noutro.

PensaCM

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