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sexta-feira, 31 de julho de 2020

HIDROGÉNIO, SUBSÍDIOS E EXCESSO DE CAPACIDADE ELÉTRICA


A contestação da opção do hidrogénio como fonte de energia a desenvolver a partir de 2021 em Portugal prende-se com a má gestão que tem sido feita das energias renováveis.
A energia eólica, fotovoltaica e hidroelétrica têm sido altamente subsidiadas pelos Governos portugueses tendo levado à instalação de equipamentos produtores em excesso, estando o contribuinte a pagar taxas nas faturas de forma camuflada.
Por outro lado apontam que em periodos de excesso de produção elétrica nacioanl, enviamos para Espanha esse excesso à borla, à borla...
Depois atira-se com o facto da energia fóssil ser apreciavelmente mais barata e mesmo o hidrogénio produzido a partir do gás natural (fóssil) ficar bastante mais barato e nós sermos um país pobre.
Dê por onde der, compromete-mo-nos a ter emissões zero em 2050, e só faltam 30 anos, mas nos últimos 30 anos quanto é que baixámos as nossas emissões?
Comprar emissões a terceiros não é contribuir para nada, é varrer emissões para debaixo do tapete do outro.
Uma tecnologia quando é nova é sempre mais cara e menos eficaz, mas com o tempo vai-se tornando competitiva e eficaz, foi também o caso dos combustíveis fósseis.
Atualmente a tecnologia da produção dos combustíveis fósseis é das mais complexas dominadas pelo homem para no final queimar-mos aquilo na forma de combustível para a atmosfera, mesmo a produção de hidrogénio com matéria prima fóssil tem uma complexidade apreciável e tem também os seus perigos.
Por outro lado, a chamada produção verde de hidrogénio, é simplíssima: água na qual passa uma corrente elétrica, borbulhando hidrogénio num elétrodo e oxigénio noutro.
A industria do hidrogénio traz a do oxigénio agregada como sub produto mas perfeitamente consumível.
Os principais problemas da produção de hidrogénio é o tipo de elétrodos a usar e o tipo de pureza da água a eletrolisar: para começar os elétrodos usarão metais pesados e nobres, sendo caros e com necessidade de reciclagem a 100 % para otimizar os custos, estamos a falar do uso de platina e metais nobres do género, mas a industria de refinação também necessita disso em muitas situações.
A armazenagem a altas pressões, estaremos a falar na ordem dos 700 bares, torna-se perigosa se tiver falhas na contenção, porque uma pressão desta ordem a sair através de uma fissura fina e sendo uma fuga invisível tem um bom poder de corte, pode cortar um braço ou uma perna.
As temperaturas baixas de armazenagem em trsansportes já são usadas para transportar gás natural liquefeito, será necessário mais frio para o caso do hidrogénio. Uma pressão mais alta diminui a necessidade de temperaturas tão baixas para manter o estado líquido, a pressão já compensa na temperatura.
Quando surgiu o gás de cozinha e o auto gás para os automóveis, muitos alarmaram os perigos que isso traría, atualmente ninguém pensa nisso sequer porque os acidentes são muito raros e sempre devido a descuidos crassos ou prepositados.
Enveredar pelo hidrogénio em Portugal agora é receber subsídeos da C€ que cobrirão a grande maioria dos custos, daqui a uns anos o custo de implementação desta tecnologia já não terá os subsídeos que agora tem.
Começarmos agora com hidrogénio verde é estarmos na crista da onda desta tecnologia e receber investimentos de várias proveniências, depois só contará a rentabilidade já existente.

PensaCM

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