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terça-feira, 14 de janeiro de 2014

FALSOS CONCEITOS DE HIGIENE INDUSTRIAL


As relações laborais sempre foram polémicas, umas vezes da parte dos patrões outras da parte dos empregados. A preocupação com a segurança e higiene do trabalhador no local de trabalho é um assunto relativamente novo e como tal tem peripécias interessantes como o de alguns casos reais que passo a expor.

Num equipamento industrial com uma grande superfície mas com um teto entre dois metros e um metro e oitenta de altura, onde existiam umas três aberturas superiores e cinco nas paredes, mas onde a renovação do ar era muito má, encontravam-se dois soldadores a soldar chapas no teto, formando-se um fumo denso que praticamente não circulava, proveniente da solda e que se acabava por inalar.

Ao perguntar como se conseguia trabalhar naquele ambiente, o responsável da segurança disse que de vez em quando esses soldadores faziam um intervalo saindo desse espaço para arejar e fumar um cigarro.

Estamos a falar de Portugal, um país da C€ onde a proteção no trabalho é das melhores do mundo, também estamos a falar de trabalhadores especialistas e que já tinham tido várias formações sobre segurança naquele meio industrial.

Como é possível com as premissas de formação em segurança e em soldadura, um soldador a respirar um ambiente de fumo de solda poder fazer um intervalo para fumar um cigarro ?

Outra:

Na expedição de um produto que gerava pó que acidificava em contacto com as mucosas, quer fossem dos olhos, da boca, da garganta ou dos pulmões. O trabalhador que controlava a expedição usando uma máscara facial, de vez em quando fazia uma pausa, deslocando-se para um local sem aquele ambiente de pó, podendo retirar a máscara que lhe provoca suor na cara e embaciava o visor, passando a respirar normalmente.

A opção desse trabalhador era ir direto a uma sala de fumo e fumar o seu adorado cigarro, enquanto se queixava do ambiente de pó que lhe acidifica as mucosas e a pele suada da cara em contacto com a borracha.
Mais ainda:
Existem ainda muitos casos de trabalhadores que enquanto inalam a fortíssima concentração dos 4000 poluentes do cigarro que fumam, se queixam do fumo industrial da chaminé a dois quilómetros de distância que sai a centenas de metros de altura e que onde estão nem sequer tem concentração detetável no local onde estão, dizendo que aquele fumo é que é perigoso para a saúde.

CONCLUSÃO

Há indústrias que por mais estudos e pareceres que se façam estarão sempre protegidas pelos consumidores dos seus produtos: as tabaqueiras, os produtores de marijuana e outros do género.

PensaCM

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