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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O TEMPO QUE NOS REGE

Os países que se regem pelo calendário católico atual, festejam o início da Era Cristã duas vezes por ano com um intervalo de uma semana: a 25 de dezembro e a 1 de janeiro.
25 de dezembro porque é a data atribuída ao nascimento de Jesus Cristo, a referência temporal deste calendário, e a 1 de janeiro porque é considerado o primeiro dia do ano, mas como o calendário se referencia pelo nascimento de Jesus Cristo, não faz sentido nem trás riqueza às empresas que percam um dia de trabalho devido a uma recelebração da mesma coisa ainda por cima na semana seguinte.
Na Índia é pior, pois existem três inícios de ano, conforme a fação hinduísta que o celebra. Nem sequer são religiões diferentes, é a mesma religião no mesmo país com referências de tempo diferentes.
Noutras religiões o princípio do ano é o primeiro dia da Primavera, o que tem lógica, pois é quando tudo começa a nascer ou a despertar.
Mas todos os calendários têm uma coisa em comum: as suas referência estão ligadas a uma religiosidade específica.
Numa época em que a técnica e a ciência subjugam todas as civilizações e comandam a nossa forma de viver, é estranho que ainda nos orientemos por referenciais religiosos.
É necessário termos um referencial de tempo para lá do nascimento de alguém, um referencial como a escala de temperaturas Kelvin, onde não há temperaturas negativas, temos direito a ter um referencial temporal onde não haja o antes e o depois mas simplesmente um depois do início.
Quando a Europa for Islâmica qual será o nosso calendário? Ficaremos como a Índia com vários inícios de ano? E quando formos uma amálgama homogénia de ateus, cristãos, islâmicos e hindús?
PensaCM

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