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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

O PAPEL HIGIÉNICO E OS ROLOS DE COZINHA


O papel higiénico e os rolos de cozinha estão à venda sem indicação do peso unitário, muito poucos falam só em número de folhas, mas se a folha for menor do que a concorrência então a utilidade pode não ser comparável.
Os rolos de papel deveriam indicar o número de folhas e a densidade do papel, pelo menos, para se poder saber o preço unitário por metro quadrado ou por quilo de peso.
Andam-nos a enganar com esta treta do equivalente a x rolos dos outros acabando por nada significar.
A industria do papel está ligada aos eucaliptos e aos pinheiros que são a sua matéria prima, os eucaliptos são cada vez mais contestados pelo elevado consumo de nutrientes da terra durante um crescimento rápido, no caso do pinheiro a polémica não existe por ser uma árvore indígena.
O eucalipto é pago por um preço que não compensa o agricultor para lá do terceira rebentação, criando uma grande despesa ao arrancar as raízes, lavrar e plantar de novo, o lucro do agricultor se não se fizer bem as coisas não compensa tanto como dizem para aí, mas o papel higiénico e os rolos de cozinha já podem ser manipulados em função duma abordagem psicológica qualitativa do consumidor.
O eucalipto é pago ao peso, mas o papel é pago à perceção sensorial do consumidor: há rolos que se apertam e aquilo encolhe tudo e há rolos em que o volume não diminui tanto quando se apertam, tem a haver com o papel fofo, constituído por bolsas de ar que fazem mais volume e são vendidas mais caras como tendo maior qualidade, mais macias.
Este processo faz lembrar os combustíveis que são processados industrialmente por massa (peso) e depois são vendidos ao público ao litro (volume), como a densidade pode ter pequenas variações há sempre margem para lucros melhores.
Vemos assim que quanto ao negócio do papel higiénico ou do rolo de cozinha a honestidade vai pela pia abaixo.
PensaCM

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