Em campanha política para as legislativas, vimos um Primeiro Ministro a ameaçar uma empresa que deixou de emitir CO2 numa das suas unidades industriais, porque deixou em estado precário mil e tal trabalhadores, quase todos especialistas.
Depois no mesmo telejornal e na mesma peça, vemos uns jovens numa praia contra o lixo plástico que aparece por lá, então agarram nas suas pranchas de fibra de vidro, esferovite e resina e vão surfar contra a poluição com plásticos.
Todo o surfista minimamente pró já partiu pelo menos uma prancha, deixando dezenas, centenas ou mais de pedacinhos de esforovite, pedacinhos de fibra e de resina a boiar na água. Estes materiais altamente sintéticos não são plásticos mas são polímeros como os plásticos, demorando na mesma centenas de anos a degradarem-se.
Este tipo de gente não pensa nem um bocadinho na coerência entre aquilo que professam e aquilo que fazem.
No telejornal da SIC uma daquelas políticas que não param de falar, pertencente a um partido pró ambientalista dizia muito preocupada que temos de cumprir as medidas adequadas para que o aumento de temperatura global não se imponha e que o nosso país vai encolher quando os oceanos subirem criando problemas graves com inundações incluindo zonas industriais.
Mas um daqueles engenheiros espertalhaços do Técnico com gabarito a nível mundial retorquiu-lhe logo que só a China emite mais CO2 que toda a OCDE junta e a Europa só produz 8 % das emissões globais.
A jovem política concordou que realmente as ações anti emissões têm de ser feitas a nível global simultaneamente, mas que nós devemos fazer esse sacrifício de qualquer modo.
PensaCM
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