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segunda-feira, 8 de novembro de 2021

INSISTÊNCIA NO NUCLEAR


                                         

 O chefe da Agência Internacional da Energia Atómica insiste, em tempos de debate das alterações climáticas, que a energia atómica é indispensável na sustentabilidade do fornecimento de uma fonte estável de energia.

Esta narrativa é totalmente parva, é voltarmos para os anos 70.

- Áa... Mas a energia atómica é atualmente muito mais segura, a alimentação dos reatores tem muito menos reatividade e o atómico é já 26 % do fornecimento de energia no mundo.

Diz o dito chefe, todo feliz por ter sido acolhido de braços abertos nesta COP26, ao contrário das outras.

A realidade é que é uma tecnologia que continua a ter hipóteses de provocar fugas de radiação para a natureza a níveis mortais e mutagénicos. Além de impor grandes investimentos, incompatíveis com países mais pobres, enferma de um conhecimento que leva mais facilmente à produção de bombas atómicas necessitando de uma mão de obra muito especializada e com elevado nível de consciência sobre aquilo que estão a fazer. Tem resíduos que continuam a necessitar de aterros próprios e longe da atividade humana.

Já existe a solução mais fácil de todas, a produção de hidrogénio a partir do solar, do eólico, das ondas do mar e de outras formas de produção alternativa e verde, de forma que converte a irregularidade dessas energias numa forma armazenável, sendo uma produção limpa e com tecnologia simplíssima acessível a qualquer país, território, cidade, aldeia ou até a qualquer casa.

Mas penso que o problema é precisamente esse, ser demasiado acessível, pois os loobys da energia não conseguirão impor facilmente a sua distribuição e monopólio, ao contrário da energia nuclear alinhavel com os loobys a que só grandes capitais e instituições é que conseguem aceder.

PensaCM

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