Translate

quinta-feira, 30 de maio de 2024

A IMPORTÂNCIA DA PRATA

 


Prata na Crosta Terrestre

A prata é um metal precioso encontrado em pequenas quantidades na crosta terrestre. A sua abundância é estimada em cerca de 0,07 partes por milhão (ppm), o que a torna mais abundante que o ouro, mas ainda assim relativamente rara. A mineração de prata é uma atividade milenar que tem evoluído ao longo do tempo, com técnicas adequadas para extrair esse metal valioso do minério.


Quantidade Estimada de Prata Minerada e Trabalhada

Desde o início da mineração até hoje, estima-se que aproximadamente 1,74 milhão de toneladas de prata tenham sido extraídas da crosta terrestre. A maior parte dessa prata foi trabalhada para a produção de moedas, joias, utensílios e, mais recentemente, para aplicações industriais e tecnológicas.


Processo Químico de Oxidação da Prata

A prata oxida quando exposta ao ar e à humidade, um processo conhecido como tarnishing (em inglês). A reação química que ocorre é a formação de sulfeto de prata (Ag2S). Isso acontece quando a prata reage com compostos de enxofre presentes no ar:

2Ag+H2S+1/2O2Ag2S+H2O

Essa camada de sulfeto de prata é o que causa o escurecimento do metal.


Comparação de Oxidabilidade entre Prata e Ouro

A prata é significativamente mais suscetível à oxidação do que o ouro. Enquanto a prata oxida facilmente em presença de compostos de enxofre, o ouro é altamente resistente à oxidação e corrosão devido à sua baixa reatividade química. A prata é aproximadamente 40 vezes mais oxidável que o ouro.


Países e a Importância da Prata

México

O México é o maior produtor de prata do mundo, com uma produção significativa que remonta à época colonial, quando a prata mexicana abastecia o tesouro espanhol. As minas de Zacatecas e Guanajuato são históricas e continuam a ser importantes fontes de prata.

Peru

O Peru é outro grande produtor de prata, com minas históricas como Potosí, que foram fundamentais durante a época colonial espanhola. A prata desempenhou um papel crucial na economia peruana e na história da América Latina.

Argentina

A designação "Argentina" deriva do latim argentum, que significa "prata".

China

A China tem uma longa história de mineração de prata, que remonta à antiguidade. Atualmente, é um dos maiores produtores de prata, com significativas reservas e uma indústria mineradora robusta.


Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a prata teve grande importância durante a corrida do ouro e do minério no século XIX. Regiões como Nevada, conhecida como o "Estado da Prata", destacaram-se na produção desse metal.


Importância da Prata na Saúde Humana

A prata tem sido usada na medicina há milênios devido às suas propriedades antimicrobianas. Na antiguidade, os gregos e romanos usavam recipientes de prata para armazenar água e alimentos, preservando-os por mais tempo. No século XX, a prata coloidal começou a ser usada como um antibiótico antes da introdução dos antibióticos modernos. A prata é usada atualmente em curativos para feridas e queimaduras, revestimentos de dispositivos médicos e nalgumas formas de tratamento de infecções.


Descobrimento e Uso na Medicina

O uso medicinal da prata começou a ser documentado por Hipócrates, o "pai da medicina", por volta de 400 a.C. No início do século XX, o médico suíço Carl Credé introduziu o uso de nitrato de prata para prevenir a cegueira em recém-nascidos causada por infecção gonocócica. Esse uso pioneiro consolidou a importância da prata na medicina moderna.


Referências Bibliográficas

Em Inglês

"The Silver Institute." silverinstitute.org

Brown, R. J., & Felger, M. W. (2020). Silver in History and Health: Properties and Uses. Journal of Medical History.

Em Japonês

銀とその応用. (2015). 日本銀業協会.

加藤, 光一. (2019). 銀の物語: 日本と世界の銀の歴史. 東洋経済新報社.

Em Alemão

Becker, W. (2018). Silber: Geschichte, Vorkommen und Nutzung. Springer-Verlag.

Deutsche Gesellschaft für Metallkunde. (2020). Silber in der Technik und Medizin. Wiley-VCH.

Em Português

Souza, C. A., & Almeida, R. B. (2017). A História da Prata no Brasil. Editora UFMG.

"O Uso da Prata na Medicina." (2019). Revista Brasileira de História da Medicina.


PensaCM

Sem comentários:

Enviar um comentário