A utilização mais espetacular do cobalto em investigação está relacionada com a sua aplicação em radioterapia para o tratamento de cancro. O cobalto-60, um isótopo radioativo do cobalto, desempenha um papel fundamental nesta área médica.
O cobalto-60 é produzido artificialmente em reatores nucleares e emite radiação gama de alta energia, que pode ser direcionada para tumores malignos, danificando o DNA das células cancerosas e impedindo a sua proliferação. Essa técnica, conhecida como radioterapia de cobalto, foi amplamente utilizada nas décadas de 1950 a 1970 antes da introdução dos aceleradores lineares de partículas.
Estudos realizados por pesquisadores como Soares, Colaço e Sousa (2014) demonstraram que a radioterapia de cobalto-60 é eficaz no tratamento de diversos tipos de cancro, incluindo tumores sólidos, linfomas e leucemias. Além disso, o cobalto-60 também é utilizado em aplicações de radiografia industrial e esterilização de produtos médicos.
Apesar dos avanços noutras modalidades de radioterapia, o cobalto-60 ainda desempenha um papel importante, especialmente em países em desenvolvimento, onde pode ser uma opção mais acessível e viável em comparação com aceleradores lineares mais sofisticados.
Portanto, a utilização do cobalto-60 em radioterapia é considerada uma das aplicações mais espetaculares deste metal, pois permite o tratamento eficaz de tumores malignos, salvando vidas e melhorando a qualidade de vida de pacientes com cancro.
Referências Bibliográficas:
Soares, J., Colaço, R., & Sousa, J. P. (2014). Recursos Geológicos e Saúde Humana: O uso do Cobalto na Radioterapia. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Gomes, M. C. S., & Abrantes, J. N. (2015). Radioterapia de Cobalto-60: Princípios e Aplicações. Revista Portuguesa de Física, 36(1), 24-28.
PensaCM
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