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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

LOW COST LIFE

A vida pode ser vivida com qualidade, sem grande qualidade, mas no entanto custar o mesmo.
Uns anos atrás vivíamos melhor que atualmente, conseguíamos mais crédito pessoal, para a casa que quiséssemos comprar ou fazer, tínhamos crédito para o carro, para as viagens de férias a países exóticos e por aí fora, tudo era facilitado a um nível que gerava desconfiança mas que muitos aproveitavam.
Agora todos esses créditos são difíceis e alguns acabaram, o que significa que os bancos também não teem tanta gente a subsidiá-los com os juros que lhes pagam todos os meses, logo deviam ter muito menos lucros, o que nem sempre acontece! O que acontece são fundos de milhares de milhões a entrar nos seus capitais, enquanto a populaça vê o dinheiro que lhe pesa no bolso a ficar cada vez mais leve, assim tem de recorrer a formas de vida mais baratas, as low cost lifes.
Esta forma de viver passa por gastar menos ou muito menos mantendo ou quase mantendo o nível de vida que se tinha:
Se vive em Sines, em vez de ir a um ginásio privado com música em altos berros e onde paga 50€ por mês passa a ir à piscina municipal onde por 1.5 € pode desfrutar durante uma hora e um quarto de: ginásio, piscina aquecida, sauna, banho turco e jacuzi, embora o jacuzi e a sauna estejam muito tempo em manutenção, só o resto já é muito bom e por uma fração ínfima dos 50 € do ginásio XPTO, pois se for à piscina municipal três vezes por semana gasta cerca de 20 € por mês, mas quem vai religiosamente três vezes por mês? Vão duas às vezes e outras uma, então se considerarmos em média 2 vezes por semana, dá um custo real de 13.5 € por mês.
Se for ao super mercado o peru, a galinha, o carapau e outros animais ricos em proteínas estão cada vez baratos, a menos de 3 €/Kg, os iogurtes também teem versões a baixo custo e deliciosos, os sumos saeem mais baratos se forem feitos a partir da fruta e teem a vantagem de não necessitarem de conservantes nem corantes nem outros ...antes.
o pão deve-se comprar só o que se vai comer, não vale a pena comprar sistematicamente para deitar parte dele fora, a menos que tenha galinhas a quem o dar.
Os filmes passam-se a ver nos cinemas municipais por 2 ou 3 € a sessão, em vez dos 5 ou 6 € dos privados, a alternativa ainda mais barata é tirá-los da net à borla.
A net não precisa de ser paga: existe muitas vezes no trabalho, nas bibliotecas e até em centros comerciais à pala.
Ao fim de semana desfruta-se das otimas condições desportivas e de zonas verdes que quase todas as câmaras fizeram nos últimos anos, sendo uma das grandes causas da nossa desgraça financeira. Não é preciso ir todos os fins de semana ao algarve trocar a nota preta.
Almoçaradas e jantaradas passam-se a fazer na casa de cada um: tendo muito mais qualidade e sendo muito mais baratos e em ambiente controlado, não temos que levar com os faladores em altos berros que gostam de ser ouvidos por todos, nem com os filhos de desconhecidos a chantagear com choros constantes os seus pais.
Nos dias sem chuva, pode-se ir de bicicleta fazer aquelas pequenas compras que podem vir numa mochila, não é preciso ir de carro.
Os pneus devem andar cheios com azoto e não com ar, pois pela ninharia de 2 € por pneu com reenchimento gratuito sempre que se vai ver a pressão, o pneu dura mais 10 a 20 %, tendo mais aderência e dando mais estabilidade ao carro: um pneu de 85 € durará 54 000 Km em vez dos 45 000 Km, poupando-se 17 € por pneu em cada muda o que dá 68 € de poupança por muda de pneus.
Os medicamentos: opta-se pelos genéricos que são mais baratos, desde que tenham a mesma qualidade.
As consultas e urgências estão mais caras no hospitais públicos mas ainda a uma fração do privado, além de que há cada vez menos doentes a ir aos hospitais devido às taxas moderadoras, o que tem diminuído os tempos de espera e aumentado a qualidade do atendimento.
Os transportes públicos, ao contrário do que para aí dizem os governantes, não são compensatórios, a menos que se usem trajetos de passe, assim nesse aspeto a alternativa é a bicicleta, a pé ou o novo carro elétrico que ainda tem custos elevados e as empresas querem rendas mensais pelas baterias: chulos.
CONCLUSÃO
Para aguentar, deve-se usar mais o bom que nos rodeia para justificar o esforço que nos impuseram.
Existe uma comunidade low cost no Google+, entra nessa e dá as tuas ideias, porque a economia tem de estar adaptada a quem a faz e não aos que a chupam.
PensaCM

 

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