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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O DOS CARROS MAIS BARATO QUE DAS CASAS

Em Portugal, um país numa crise tremenda, o crédito para compra de carros está mais barato que o crédito para compra de casa!
Neste país onde a Europa acaba, toda a gente que conseguia comprava casas! Logo poucos as alugavam.
Um amigo meu até costuma dizer que comprar casa é perder dinheiro porque os impostos são altos, então prefere arrendar casa do que dar uma renda ao banco ou então destrocar a nota para poder possuir uma. Esta situação é uma raridade neste país que está formatado para se ser dono do que se utiliza.
Embora haja outros países onde o mercado do arrendamento é vasto, na realidade assim é pelo facto de todas as pessoas ganharem condignamente e a renda ser uma parcela que não pesa muito no orçamento mensal, ver países nórdicos, Holanda, Alemanha e afins, no nosso caso assim não se passa: pois estar a pagar uma mensalidade mais baixa para comprar casa do que teria de pagar por uma renda que nem a recibo tem direito, é evidente que se prefere comprar a casa, além de que a casa pode  sempre valorizar e a renda configura a bandeira de um partido comunista: foice e tem de levar aquela martelada todos os meses que até fica a ver estrelas!
Depois desta apologia da racionalidade financeira da compra de casa em Portugal, ainda podemos argumentar esmagadoramente que a maior parte dos materiais das casas é fabricado em Portugal e a mão de obra costuma ser maioritariamente portuguesa, assim estamos a comprar o que é português e a contribuir para sair da crise.
Os carros que por aqui se compram: são maioritariamente fabricados no estrangeiro e muitas vezes em países onde o trabalhador ganha muito mais que o português, além desse produto pagar impostos nesses países de origem, estando nós dessa maneira a subsidiar trabalho e bem estar nesses países. Se comprar-mos menos carros e arranjarmos os que temos quando é necessário, os nossos mecânicos têm trabalho e os impostos são para subsidiar o nosso bem estar, só tendo de pagar ao estrangeiro as peças usadas nas reparações.
CONCLUSÃO
Nós como país em afundamento, ao termos os bancos a incentivar a compra de um bem perecível como o carro, em detrimento de um bem estrutural como a casa, será que estamos a pagar um sobre juro aos países troikianos através deste tipo de política de consumo?
NB- Para quem não sabe ou não se lembra: alugam-se bens móveis e arrendam-se bens imóveis.
PensaCM

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