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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

SMART SHOPS

Ontem no programa idóneo, Prós e Contras, da Rádio Televisão Portuguesa 1, canal televisivo estatal, abordou-se a problemática das drogas fáceis de comprar nas relativamente novas lojas smart's shop's.
A conversa deslocou-se para a abordagem da definição de droga e para a facilidade do seu acesso pela população em geral, mas nomeadamente pelos adolescentes que são seres em fase de experimentação de tudo e de contestação do sistema vigente, o que passa pela família direta.
Há anos que se debatia o acesso/proibição às drogas, pondo em causa ou não as leis proibitivas de acesso e consumo, mas rapidamente se concluiu, num só debate, que o acesso generalizado dispara o consumo inconsciente, porque a grande maioria das pessoas nem tem noção dos perigos em que incorre quando experimenta certas substâncias, há quem compare esta situação com andar na lama e de repente cair num fundão donde é dificílimo sair sem ajuda ou até morrer para ali sozinho.
Mas o que mais apreciei foi a abordagem de um psiquiatra ao afirmar que o conceito de droga não interessa para nada, pois o efeito produzido é que deve ser avaliado.
Hoje existem determinadas substâncias que são consideradas drogas pela lei, serão centenas ou milhares delas, mas basta pequenas alterações nas suas moléculas para ficarem fora do âmbito da legislação passando a não serem consideradas drogas, no entanto podem desencadear comportamentos muito piores do que as drogas legisladas como ilegais. Para que uma substância seja considerada legalmente nefasta ou droga, são necessários estudos que duram anos, mas todos os anos surgem mais de 30 substâncias psicoativas que podem ser comercializadas como não sendo drogas, no entanto os estudos que as vão avaliar só começarão depois de detetadas no mercado e só aí é que surgem os tais estudos que levam anos, entretanto o vendedor está a meter ao bolso um bom dinheiro e se tiver uma smart shop legal, basta andar a par da legislação para ir mudando de substâncias de forma a vender psicoativos que estão sempre legais porque ainda se desconhecem os seus efeitos nefastos, oque para ele é tinto, isto para não falar dos rótulos das embalagens, indutores de outros usos.
Os chineses e os indianos têm químicos dedicados a criar novas substâncias psicoativas que produzem a baixo preço e não têm aquele estigma do traficante que anda às escondidas a vender aos clientes, inflacionando assim o custo da pedra.
Tal como fizeram com o comercio em geral, estas novas potencias económicas estão a encher o mercado a baixo custo com psicoativos e performadores físicos a um custo baixo, sem que os consumidores saibam bem o que estão a meter.
Agora, o buraco que a lei permite, não obriga à despistagem dos efeitos dos novos produtos que entram no mercado antes de serem consumidos. A lei muitas vezes é feita por quem não está por dentro do probema ou não quer estar.
No entanto, há alguns anos surgiu uma diretiva para a indústria com ameaça de passar a lei, em que obrigava a indústria a informar todos os usos possíveis de cada nova substância que produzisse, porque é que isto não se aplica ao comércio vindo fora da CE?
CONCLUSÃO
A era do drogado ilegal já foi! Com esta forma de legislar já se pode ser legalmente drogado a baixo custo, deixando de ter lógica o apoio social aos toxicodependentes e poupando dinheiro ao Estado.
PensaCM

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