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sexta-feira, 22 de março de 2013

O INVESTIMENTO NO MUNDO SEI

Na economia SEI o investidor manter-se-ia com o estatuto atual, teria sempre a última palavra sobre o seu património e o valor do mesmo seria sempre dele, no que respeita ao lucro é que surgiriam as maiores alterações, pois numa sociedade economicamente SEI, diminuiriam os esquemas fraudulentos, pois haveria sempre grupos de fraudulentos e dificilmente haveria um só patrão fraudulento que amanharia os dinheiros só para o seu lado sem conhecimento dos outros. Como todos sabemos um grupo de fraudulentos tem sempre mais fugas de informação!
 O investidor no mundo SEI não imporia o custo do trabalho, desde que acima do ordenado mínimo como acontece atualmente, mas o custo do trabalho deixaria de o ser, pois seria contabilizado juntamente com o proveito líquido, alterando o conceito de lucro líquido como sendo: o montante despojado dos custos dos bens, serviços de terceiros, investimentos e impostos e serviria para ponderadamente distribuir por todos os colaboradores, segundo o seu índice remuneratório.
 O SEI provocaria novas definições: a do lucro, a do investidor e a do imposto tributável.
 O lucro ou rendimento líquido seria o somatório do dinheiro que as pessoas levariam para casa e seria donde provinham todos os pagamentos a pessoas, não sendo exclusivo do patrão ou dos acionistas, mas seriam distribuídos por todos os colaboradores. A mão de obra da empresa não contabilizaria como custo nem pagaria impostos, assim poupar-se-ia esse custo, aumentariam os lucros líquidos mas por outro lado não entraria esse dinheiro nas Finanças.
Por princípio, não tem qualquer tipo de lógica pagar impostos sobre a mão obra, pois à priori serve para o indivíduo sobreviver, excepto para aqueles poucos que vivem de rendimentos.
 O investidor teria uma definição alterada para um conceito mais lato:
  1. o investidor de bens,
  2. o investidor de bens e mais valias
  3. e o investidor só de mais valias.
O investidor de bens: seria aquele que investiria dinheiro, terrenos, edifícios, máquinas
equivalente ao atual investidor que não faz nada na empresa, só pretende receber os lucros no fim do ano. Este no universo SEI, seria sempre dono do seu investimento e teria direito no máximo a 20 vezes, conforme estipulado pelo Governo,  do rendimento líquido que a remuneração menor da sua empresa. Se vendesse algum bem da empresa teria direito a receber, no máximo, além do seu valor 20 vezes o que receberia o colaborador com o índice remuneratório mais baixo. Neste aspeto a alteração era grande, porque pelo facto de usar pessoas, investidores só de mais valias, seria obrigado a partilhar os lucros das vendas dos bens da empresa, porque eles já não eram meros súbditos subalternos a quem ele dava trabalho, mas seriam considerados também investidores que lhe gerariam mais valias.
 O investidor de bens e mais valias teria o estatuto do investidor de bens mas com o benefício de controlar como o trabalho se desenrolaria, teria o direito a usufruir no máximo, 20 vezes mais dos lucros líquidos gerados do que o investidor de menor remuneração, o tal com índice remuneratório igual a 1.
 O investidor só de mais valias, era o que mais iria beneficiar, se o negócio corresse bem, pois aumentaria bastante a sua remuneração em empresas mais proveitosas, mas aquele tipo de pessoa que está lá par receber o ordenado ao fim do mês, iria ter problemas graves com os colegas, pois não iriam gostar de receber menos ao fim do ano por causa de um come remunerações que anda ali a pesar.
 O atual trabalhador, investidor só de mais valias no SEI, teria uma mentalidade muito mais próxima do atual investidor do que atualmente, acabando a contribuir para uma sociedade onde a maior parte das pequenas e médias empresas aumentaria o lucro dos próprios patrões relativamente ao atual tipo económico.
 Este conceito SEI, teria cariz capitalista, porque negócios muito rentáveis continuariam a dar investidores dos três tipos com grandes lucros, gerando uma bolha de riqueza e não um patrão ou meia dúzia de acionistas ricos.
 Este sistema não seria apetecível para as multinacionais que se baseiam em mão de obra baratíssima para lucrar muito, pois a distribuição dos rendimentos estragaria esse esquema, mas criaria uma procura interna muito maior e incentivaria o investimento em geral, logo contribuiria para empresas mais mecanizadas/automatizadas em que a mão de obra tivesse menos peso e pudesse gerar mais rendimento para os investidores de todos os tipos, que lá trabalhavam.
Como a mão de obra não seria tributada, os impostos eram ajustados em função dos bens e das mais valias, não vivendo uns à custa dos impostos que os outros pagam.
 O índice de desemprego provocaria alterações nos impostos anualmente de modo a equilibrar o respetivo orçamento de desemprego. O desempregado para receber um rendimento teria de desempenhar funções de alguma natureza que seriam contabilizadas, tal como na função pública, de modo a provocar um cálculo do valor do seu investimento de mais valia não agregado a uma empresa.
 O indivíduo válido que não quisesse ter uma atividade, estaria a ser investigado constantemente pela Polícia, pelas Finanças, pelo ministério da Economia, pela Segurança Social, etc.
 Os parcialmente inválidos, tal como agora, teriam atividades adequadas que até poderiam ser mais rentáveis do que a de um investidor só de mais valias normal.
 Os totalmente inválidos teriam apoio de vida totalmente gratuito, através de um fundo que atuaria nos impostos em função dos custos previstos para essa necessidade.
Os impostos de uma empresa seriam em função do tempo  de retorno dos investimentos que estaria relacionado com as amortizações anuais de capital que se pretenderia fazer.
O SEI incentivaria muito à criação de empresas mono pessoais e familiares.
Um investimento de milhares sem grandes lucros anuais, teria um patrão com rendimento anual de índice remuneratório abaixo de 5 pois estaria trancado pela remuneração mínima, enquanto investimentos de milhões teriam lucros suficientes para acionistas com índices de remuneração máxima.
Na política, os partidos de esquerda defenderiam um índice de remuneração para os patrões e acionistas de 10 ou 12 e os partidos de direita defenderiam um índice para os patrões /acionistas de 50 ou mais e reclamando sempre que eles seriam os donos do capital e da iniciativa. Ao longo do tempo, todos acabariam por assumir a importância do estatuto do investidor só de mais valia (IMV), alterando os argumentos para:
- o investidor de bens e mais valia (IBMV) arrisca mais que o IMV, assim tem de ter um benefício acrescido.
Ao que os partidos de esquerda responderiam:
- A acumulação de riqueza excessiva nas mãos de poucos gera instabilidade, abuso de poder e corrupção!
NB - não perca a próxima: Abordagem política no universo SEI.
PensaCM

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