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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

AVALIAÇÃO DE AVALIADORES

Em Portugal o governo inventou que os professores deviam ser avaliados pela sua cultura geral, em que está incluída entre outras coisas a nova forma de escrever português e uma prova específica acerca das disciplinas que lecionam.
Um professor em Portugal, é um indivíduo que tem um curso superior, tendo sido sujeito a vários exames ao longo da sua vida de estudante e que para ser reconhecido como professor, teve ainda de realizar uma formação com avaliação, a chamada profissionalização, só depois de ter passado mais essa prova é que se tornou profissional do ensino.
Os que ensinam os outros, ao saberem que teriam de ser avaliados mais uma vez por alguns dos seus colegas que ainda eram espermatozoides quando começaram a dar aulas, indignaram-se e manifestaram-se até à Assembleia da República, onde praticaram a coação direta das palavras contra os governantes que foram seus alunos há uns anos atrás.
O governante responsável por estes tipos de avaliação, de quem costuma avaliar, cedeu parcialmente e encolheu o universo da avaliação para os que exercem à menos de 5 anos.
Os coitados dos mais novos ficaram assim a saber que depois daqueles exames todos, especializações e profissionalizações, ainda têm de fazer mais aqueles exames, dos quais não têm muitas expectativas de fugir, pois o seu lobby é menos poderoso do que o dos maduros.
A questão que se põe, é saber se esta nova forma de avaliação profissional é uma vingança pelo facto dos Ministros e Secretários de Estado não terem aprendido o suficiente com os professores que tiveram, para conseguir ultrapassar uma crise destas e quererem vingar-se das avaliações da Troika a que têm estado sujeitos.
PensaCM

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