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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

A RESCISÃO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO E A ÉLIA

A rescisão proposta pelo Ministério da Educação Português aos professores, permitia que estes se desvinculassem a partir de 1 de Setembro de 2014 do Ministério e passassem a ter uma vida independente daquela que tinham tido até então.
Os professores aderentes entretanto organizaram as suas vidas para poderem prosseguir com a sua nova forma de viver, alguns planearam ir trabalhar e ou viver para outros países a partir daquela data, mas eis então que as Escolas onde estão passaram a colocá-los novamente neste ano letivo que vai começar, ficando as rescisões adiadas possivelmente para o meio do ano letivo!
Então os afetados ficaram revoltados com este forma de "anda e desanda" do Ministério de Educação que só pretendeu poupar uns dinheiros em ordenados, não considerando os meios para o conseguir.
As pessoas não podem estar sujeitas a ser usadas na sua forma de sustento/sobrevivência deste modo: a 1 de setembro vais-te embora e desligas-te desta profissão, quando chega a essa data já não se deixa ir embora e adia-se por uns meses, não se sabe quantos, e quem faz isto é o próprio Estado.
Uma professora de inglês colaborante com as pretensões do Ministério, chamada Elia Teixeira, a leccionar em Coimbra e com a sua vida já refeita para o pós rescisão com o Ministério da Educação, deu um passo de contestação profunda ao encetar uma greve de fome a partir do dia 19 de agosto de 2014 pelas 13horas, em frente à Assembleia da República, contra esta desorganização do Ministério da Educação, justificada como um pequeno percalço que se vai tenta ultrapassar o mais rapidamente possível.
Esta luta com a visibilidade de uma mulher só, faz-me lembrar as letras da Ana Bacalhau, cantora de intervenção pós revolução democrática, em que refere:
- Agora não me apetece, tenho mais que fazer...
Mas o "mais que fazer ..." que será para os outros 3605 professores nas condições dela?
Na realidade até falam e escrevem muito nas redes sociais acerca do assunto, só que ação não se vê nenhuma, nem da parte dos sindicatos arautos da proteção dos professores.
Tenho a sorte e o orgulho de ser amigo da Elia Teixeira há mais de 30 anos e sei que ela não é uma pessoa só de conversa: tem sempre ação coerente associada com o que diz.
Uma situação destas no mundo dos negócios configuraria sempre uma indemnização adequada aos estragos provocados no lesado: neste caso o negócio era ser professor.
 PensaCM

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