Translate

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ECONOMIA AUTÁRQUICA NA LUZ

As autarquias estão apertadas nos orçamentos, então um dos cortes está a ser no consumo de luz pública. No passado muitas autarquias simplesmente não pagavam as contas dos consumos eléctricos ou deixavam-nas atrasar indefinidamente, justificando que era um bem público fornecido por uma empresa pública, era assim que aumentavam a disponibilidade monetária para fazer obra e ganhar eleições. Foi assim com a EDP, com as águas, com a Galp, etc.
Foi com esta filosofia de gestão que muitas grandes empresas estatais, no passado, deram grandes prejuízos, tendo dado argumentos à filosofia política de que o que é estatal é despesa.
Neste contexto surge a notícia:
"o presidente da Câmara do Porto decidiu reduzir a iluminação pública em 45 minutos diários, distribuídos entre o anoitecer e o amanhecer. Rui Rio vai poupar, no final do ano, 750 mil quilowatts no consumo de luz, menos cerca de 80 mil euros na factura. Isto no período de Janeiro a Dezembro".
Em Grândola pensaram da mesma forma há uns anos atrás e substituíram os candeeiros públicos da zona histórica com lâmpadas consumistas por candeeiros com ilumina LED que gasta 10 a 15 vezes menos, mantendo o mesmo período de iluminação, percentualmente poupando muito mais e recuperando o investimento em cerca de um ano.
A decisão de diminuir 45 minutos que significa uma fracção unitária de 0.75 horas.
Se até agora as luzes estiveram acesas 9 h por dia, considerando o tempo médio ao longo do ano, a Câmara do Porto irá poupar (0.75/9)*100 = 8.3 % da sua factura de luz pública, o que é diferente de um décimo da sua factura de luz pública, se optasse pela tecnologia LED.
CONCLUSÃO
Esta decisão economicista da Câmara: poupa mas pouquinho, além de aumentar o tempo de penumbra, bom para a gatunagem.
NB: Até tenho muita consideração pelo economista Rui Rio (RR), pois não costuma alinhar em esquemas. O que relevou nesta abordagem foi somente um exemplo de decisão técnico economicista que calhou ser na Câmara dele.
PensaCM

Sem comentários:

Enviar um comentário