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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

GREFOD

Uma greve para ser considerada geral tem que ter a aderência de todas as centrais sindicais do universo em causa, em Portugal o universo em causa é o seu território que tem duas centrais sindicais: grosseiramente uma afecta ao PC e outra afecta ao PS, o que rigorosamente não é bem assim, pois nas duas existem tendências de outros partidos, nomeadamente PSD e PP, considerando-se no entanto a CGTP-IN com aderência massiva do PC para a esquerda e a UGT do PS para a direita.
As tendências destas duas centrais sindicais, nota-se logo nos tons de voz dos seus líderes, o da UGT tem um tom mais calmo com uma conversa que faz lembrar um padre experiente que consegue criticar os seguidores do Belzebu político laboral, sem se perturbar muito, por outro lado o líder da CGTP-IN, embora seja uma versão muito calma da esquerda, tem um tom vocal notoriamente mais agressivo com um facies expressando uma vincada agressividade, nomeadamente no olhar, nota-se no entanto que já pertence a uma geração de esquerda que contem aquela raiva primária do PREC (Período Revolucionário em Curso) que se manifestou mais pujante entre 1974 e 1976.
A CGTP-IN, para quem não sabe, é como a coca cola: é vermelha e surgiu antes da Pepsi, neste caso antes da UGT, porque o PC sempre foi o partido mais bem organizado da política portuguesa, não permitindo a passagem para o exterior dos sabores diferentes fora da norma da sua ideologia.
Nos dias que correm a vida corre mal a quase todos, menos aos que tiram fotografias aos recém nascidos, aos que têm dinheiro disponível para comprar as pechinchas que por aí andam e aos agitadores de massas.
Neste contexto o possuidor de capital monetário ou o que capta a agitação de massas, estão ao mesmo nível para criar sucesso pessoal, pois é nestas crises que surgem os novos ricos: uns com capital próprio, outros com argumentos fortes para o ganharem a prazo.
Uma greve como a de hoje, não é geral porque o para clérigo da UGT não aceitou a adesão da sua central, pois tem muitos pró PSD's e pró PP's na sua área de influência e é com estas atitudes que tem conseguido evitar o surgimento de um terceira central sindical afecta ao PSD e restante direita.
Neste contexto e relembrando que esta para greve geral não vai mudar nada, ela serviu para criar muitas dezenas ou até centenas de milhões de prejuízo, nada trazendo de retorno a quem a praticou: quem é que neste país tem o poder de num só dia manipular tal quantidade de dinheiro? Só o Estado ou o top dez dos mais ricos!
CONCLUSÃO
As centrais sindicais portuguesas são como a coca cola, movimentam muitos milhões, dão pedra nas manifestações e a prazo enriquecem os seus líderes!
NB:
se eu fosse um empresário milionário, preferia subornar com valentes milhares um grupo de cabecilhas sindicalista do que perder milhões.
PensaCM

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