O negócio da energia deve-se resumir a fornecer ao cliente a energia que se cria.
Uma empresa cria energia e assim distribui-a pelos clientes finais que têm necessidade da mesma, este deve ser o novo esquema a implementar a nível mundial, alinhado com a política de não criar aumento das emissões comefeito de estufa.
O que se passa agora consiste em especialistas de exploração fóssil de crude ou gás que removem o recurso energético das profundezas e o armazenam provisoriamente, de seguida expedem-no para clientes que podem estar a alguns quilómetros como podem estar a milhares, o que gera um negócio subsidiário de transportes de energia que por sua vez consome também energia.
Depois refina-se a energia transportada, neste caso crude, que depois de armazenada temporariamente é novamente transportada para os clientes que podem estar logo ali ou a milhares de quilómetros e esse transporte consome mais energia.
Mas esses clientes não são finais, são revendedores que vão vender ao cliente final, mas este tem de se deslocar para o armazenar no seu veículo ou levar a garrafa de gás para casa, o que é mais um transporte que gasta mais energia.
Vemos que só em transporte da energia fóssil ou da bioenergia, gasta-se muita dela só em transporte até chegar ao cliente final, desenvolvendo todo um conjunto de negócios e sub negócios para no final gastar o litro da gasolina em 15 Km úteis, o litro de gasóleo em 19 Km úteis, a cozinhar 50 refeições com aquela garrafa de gás ou a pavimentar 10 m2 de estacionamento com aquela tonelada de asfalto betuminoso.
O esquema montado para a produção de energia solar com placas de silício ou com torres eólicas, consistiu em permitir pequenos produtores limitados na produção a um máximo e grandes produtores a partir de um mínimo e até um máximo de dimensão industrial, ambos pagos por KW de produção por um valor bem acima dos custos do KW produzido pela energia fóssil, desta forma passou-se a dar argumentos económicos aos defensores da energia fóssil.
A acompanhar esta vantagem sobre a energia limpa vêm as taxas, os impostos, o ISP e o IVA a sobrecarregar os combustíveis fósseis no preço final ao consumidor com um peso à volta dos 60%, pingando cerca de 4500 milhões de € para os cofres do Estado enquanto a energia verde do sol, do vento e das ondas mesmo subsidiada fica mais cara.
Assim o que se tem de implementar a nível mundial não deve ser o transporte de hidrogénio de um lado para o outro a milhares de quilómetros de distância, mas sim a sua produção descentralizada a pouca distância do cliente final: produz-se e armazena-se temporariamente até o cliente final o levar, acabando com gastos energéticos brutais só em transportes e gastos perfeitamente escusados com negócios intermediários, não criando países fungos que chantagiam o preço da energia porque têm fontes enormes das quais os outros dependem.
Todos os países têm água e sais adequados para fazer as soluções aquosas que permitem a eletrólise da água com produção de hidrogénio, não necessitando de ficar dependentes de outros
Isto tudo para dizer que o armazenamento das energias descontínuas pode ser perfeitamente realizado através da produção de hidrogénio e seu armazenamento, daí resultando uma fonte contínua de abastecimentos, pois as baterias não parecem vir a ser grandes armazenadoras de energia disponível para quando é necessária, nomeadamente para grandes consumos.
PensaCM
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