A Greta Thunberg agora apoia uma manifestação contra a implantação de eólicas em terrenos tradicionalmente usados por indígenas Sami na Noruega para criação de renas. Assim a nossa conhecida Greta juntou-se a mais umas dezenas de ativistas Sami e não Sami, indo para a entrada de pelo menos dois Ministérios.
Na realidade um tribunal norueguês em 2021 condenou as 151 turbinas eólicas à ilegalidade dada a interposição judicial dos Samis, alegando estes que aquelas estruturas são incompatíveis com a criação das suas renas.
O norte da Sápmi norueguesa é onde este povo se sedia tradicionalmente, estando enquadrado nos povos do Artico que se estendem do Canadá até à Sibéria, muito ligados à natureza e com uma economia e comunidades próprias.
A questão parece ser o facto das eólicas serem tecnologia que aquele povo acha estranha e como tal contesta.
A Greta fala em colonização norueguesa daquele território através da implantação de tecnologia: deduz-se que a contestação parte daquela ideologia em que o branco e ainda por cima louro e de olhos azuis é o malandro que impõe o seu bem estar a um povo que parece viver no além mar, mas não, na realidade vive na Noruega.
Esta menina afinal é daquelas que não quer as energias fósseis mas dificulta quanto pode as energias verdes, profissionalizando-se em contestação mas não dando soluções, até porque ainda é muito jovem, alguém lhe faz a cabeça.
Se quer saber mais sobre a cultura Sami consulte:
A Objectificação da Cultura Sámi:
Adaptabilidade no Tempo e Reconhecimento da Identidade no Norte da Sápmi Norueguesa
Laura Lou Peres Dorsch
Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Antropologia
https://repositorio.iscte-iul.pt/bitstream/10071/14594/1/tese%20completa%20Laura%20Dorsch.pdf
PensaCM
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