HISTÓRIA DO OXIGENIO NA ATMOSFERA

 

Ao longo dos milhões de anos em que a vida existe na Terra, a concentração de oxigênio na atmosfera tem variado significativamente, influenciando diretamente a evolução e a biodiversidade do nosso planeta. Durante grande parte da história da Terra, a atmosfera era desprovida de oxigênio livre, mas ao longo do tempo, as atividades biológicas alteraram dramaticamente essa composição.

Há cerca de 2400 milhões de anos, as primeiras formas de vida fotossintéticas, como as cianobactérias, surgiram nos oceanos. Esses organismos unicelulares foram os primeiros a realizar a fotossíntese oxidativa, produzindo oxigenio como subproduto. No entanto, grande parte desse oxigenio foi inicialmente absorvido pelos oceanos e pela crosta terrestre, mantendo os níveis de oxigênio atmosférico relativamente baixos.

Ao longo de centenas de milhões de anos, a atividade fotossintética das plantas e das cianobactérias continuou a aumentar, aumentando gradualmente a concentração de oxigenio na atmosfera. Esse aumento foi fundamental para a evolução da vida na Terra, permitindo o desenvolvimento de organismos multicelulares e respiração aeróbica.

No entanto, esse aumento não foi contínuo e teve períodos de flutuações significativas. Por exemplo, durante o período Carbonífero, cerca de 300 milhões de anos atrás, as florestas tropicais extensas absorveram grandes quantidades de dióxido de carbono da atmosfera, aumentando assim a sua produção de oxigênio. Isso levou a um aumento substancial dos níveis de oxigenio, atingindo cerca de 35% a 40% da composição atmosférica, em comparação com os aproximadamente 21% atuais.

Após o Carbonífero, houve flutuações nos níveis deste gás atmosférico devido a vários fatores, incluindo mudanças climáticas, atividade vulcânica e eventos de extinção em massa. No entanto, desde então, os níveis de oxigenio permaneceram relativamente estaveis à volta dos valores que conhecemos hoje.

Portanto, ao longo dos milhões de anos em que a vida existe na Terra, a concentração de oxigenio na atmosfera passou por uma jornada fascinante de aumento gradual, influenciada pela atividade biológica e por fatores ambientais. Esse processo desempenhou um papel crucial na formação e na sustentação da vida como a conhecemos, moldando a evolução dos organismos e os ecossistemas do nosso planeta.

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