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terça-feira, 9 de abril de 2024

OSSO, O CÁLCIO E O ESTRÔNCIO



A bioquímica do cálcio e do estrôncio desempenha um papel crucial na formação e manutenção da estrutura óssea, sendo essencial para a saúde e integridade do sistema esquelético humano. O cálcio é um mineral fundamental encontrado em grandes quantidades nos ossos, enquanto o estrôncio, embora em menor proporção, também desempenha um papel significativo.


Formação Óssea:


O cálcio é um componente estrutural fundamental dos ossos, representando aproximadamente 99% do total de cálcio corporal. Durante o processo de formação óssea, as células osteoblásticas sintetizam uma matriz óssea composta principalmente por cálcio e fosfato, formando os cristais de hidroxiapatite que conferem resistência e rigidez ao osso.


Manutenção Óssea:


Além de sua importância na formação óssea, o cálcio também é essencial para a manutenção da densidade mineral óssea ao longo da vida. As células osteoblásticas e osteoclastos trabalham em conjunto para remodelar constantemente o tecido ósseo, e o cálcio desempenha um papel vital nesse processo, garantindo a renovação adequada do osso e prevenindo a perda óssea excessiva.


O estrôncio, embora em menor quantidade que o cálcio, também demonstrou desempenhar um papel na formação óssea e na remodelação óssea. Estudos sugerem que o estrôncio pode substituir o cálcio na matriz óssea, aumentando a sua densidade mineral e promovendo a resistência do osso.


Efeitos do Excesso e Escassez:


Excesso:


O excesso de cálcio pode levar à hipercalcemia, uma condição caracterizada por níveis elevados de cálcio no sangue, que pode resultar em calcificação excessiva dos tecidos, comprometendo a função de órgãos vitais como rins e coração.

O excesso de estrôncio pode interferir na absorção de cálcio pelo organismo e causar toxicidade, resultando em sintomas como náuseas, vômitos e diarreia.

Escassez:


A deficiência de cálcio pode levar à osteopenia e, eventualmente, à osteoporose, aumentando o risco de fraturas ósseas e comprometendo a saúde óssea global.

A escassez de estrôncio pode prejudicar a mineralização óssea e contribuir também para a fragilidade óssea.

Referências Bibliográficas:


Reginster, J. Y. (2001). Strontium ranelate: the first dual acting treatment for postmenopausal osteoporosis. Bone, 31(4), 585-585.

Rude, R. K., & Singer, F. R. (2009). Skeletal and hormonal effects of magnesium deficiency. Journal of the American College of Nutrition, 28(2), 131-141.

Weaver, C. M., & Heaney, R. P. (2006). Calcium in human health. Totowa, NJ: Humana Press.

Zofkova, I. (2013). Importance of calcium and vitamin D intake in the treatment of osteoporosis. Physiological research, 62(6), 709-711.

Rizzoli, R., & Bonjour, J. P. (2010). Determinants of peak bone mass and mechanisms of bone loss. Osteoporosis International, 11(4), 17-23.

Essas referências fornecem uma base sólida para entender a importância da bioquímica do cálcio e do estrôncio na saúde óssea, assim como os efeitos do excesso e da escassez desses minerais no organismo humano.


PensaCM

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